Notícias da Semana
25.05.2006

Laboratório da UFRJ reduz preço dos exames de DNA
Por Taísa Gamboa

Objetivo dos pesquisadores é agilizar o andamento dos processos de paternidade

O Laboratório Sonda, que realiza exames de DNA na UFRJ, reduziu o preço dos exames oferecidos à população. O objetivo dos pesquisadores é agilizar o andamento dos processos de paternidade que estão sendo julgados pelo Tribunal de Justiça (TJ). De acordo com pesquisadores da Universidade, dois entre cada dez brasileiros não sabem quem são seus pais.

O serviço é oferecido à sociedade desde 1993 e tem capacidade para mais de 60 exames de DNA por mês, embora realize apenas 30 testes mensais, em todo o mundo. Iniciativa do professor Franklin Rumjanek, do Instituto de Bioquímia Médica da UFRJ, o laboratório busca permitir que a população tenha acesso à alta tecnologia e conhecimentos desenvolvidos na Universidade.

Pioneira em oferecer exames de DNA acessíveis à população, a UFRJ possui, desde 1995, um convênio com o TJ, que visa facilitar a rápida conclusão dos processos, através de exames mais baratos que os oferecidos pelo mercado. Como não tem fins lucrativos, toda a renda arrecada pelo Laboratório é destinada à pesquisa e manutenção do mesmo.

De acordo com os médicos responsáveis, o Sonda está ampliando a sua eficiência a cada ano e foi isso que permitiu a atual queda de preço. O valor cobrado pelo exame para um trio composto por mãe, pai e filho, foi reduzido em 35%, e hoje sai a R$450, metade do preço de mercado. A UFRJ cumpre, assim, o seu papel de oferecer a tecnologia que desenvolve na pesquisa à população que, afinal de contas, financia a Universidade com o imposto.

O Laboratório Sonda está localizado no primeiro andar do Prédio do Centro de Ciência da Saúde (CCS) da UFRJ, localizado na Av. Brigadeiro Trompowisk s/n, na Ilha do Fundão. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 2260-5579.

Manifestação estudantil exige mais rigor em investigação
Por Mariana Elia

O Centro Acadêmico de Medicina organizou hoje, 25, uma manifestação a favor da maior rigidez na investigação no caso do desaparecimento do aluno Marcus Vinícius da Silva Amaral e mais segurança no campus do Fundão. A pequena passeata contou com cerca de vinte alunos que marcharam da entrada do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, passando pelo refeitório e corredores do Centro de Ciências da Saúde e seguiram para a Reitoria, onde invadiram a sala do Conselho Universitário, que discutia a inserção da Filosofia no vestibular.

O estudante de 26 anos, do 12° período de medicina e conhecido como Goiano, foi visto pela última vez no dia 25 de março, em um mercado na Penha. A aluna Rayane Cupolillo Ferreira, do primeiro período, explica que os alunos reivindicam mais rigidez nas investigações, “porque a Justiça pede sete anos de desaparecimento para liberar o atestado de óbito e por isso não há empenho da polícia”. Ela acredita ser um dever dos alunos apoiar a família nessa luta e “por isso temos que exigir mais apuração”, conclui.

A manifestação também reivindicou maior segurança na Universidade. Segundo os estudantes, a violência na cidade também se reflete no campus do Fundão “e não tão raro ouvimos sobre estupro e roubos na Cidade Universitária”, comenta Rayane. Apesar do reduzido número de manifestantes, os cartazes e os instrumentos de percussão conseguiram chamar a atenção dos estudantes do CCS e o Centro Acadêmico aposta em boa repercussão.


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