Argumento |
18.05.2006
|
UFRJ discute PDI — A proposta é da maior importância porque muda a Universidade no seu conjunto, faz um diagnóstico de seus problemas e traça linhas de desenvolvimento estratégico nas principais áreas de atuação. É preciso uma estrutura mais flexível e integrada. O PDI na UFRJ está sendo lançado com atraso, pois outras universidades já produziram o seu, ou já estão em processo de debate. Precisamos rever a estrutura da Universidade. O saber é fragmentado. Precisamos trabalhar ampliando as fronteiras da ciência. De forma interdisciplinar e multiprofissional — opina o professor João Ferreira, da Faculdade de Medicina e candidato ao cargo de decano do Centro de Ciência da Saúda (CCS). Para ele a universidade deve ser matricial e tridimensional, estendendo-se à cidade e a incorporando nos seus objetivos. “É necessário rever a forma de ingresso dos alunos e superar a perversão do vestibular. O financiamento da universidade não deve limitar-se ao Estado. Deve buscar outras fontes, como fundos especiais. É fundamental sair do lugar de locutores para o de interlocutores, com a cultura, com os movimentos sociais. Tem que haver uma cura para o nosso autismo. Sem perda do mérito e da excelência, pois cresce a valorização de serviços proporcionados pelo capital simbólico”. O Estado —
segundo João Ferreira — não pode abandonar a universidade
e depois cobrar produtividade. “Hoje vivemos a sociedade do conhecimento.
Por isso é necessário um regime universitário que
promova o intercâmbio e parcerias no qual inovações
sejam valorizadas para resolver problemas sociais com suporte teórico.
O porquê se desenvolve na UFRJ, e na universidade em geral, é
para permanecer como protagonista e força motriz da sociedade’,
conclui o professor João Ferreira. |
|
Notícias
anteriores: • 11/05/2006 - Matando o monstro da anestesia • 04/05/2006 - Abrindo os olhos para o problema • 27/04/2006 - Sozinhos e doentes |