Por uma boa causa |
04.05.2006
|
O mal da enxaqueca — Não sabemos propriamente as causas da enxaqueca — declara o professor Rogério Mercaldo, médico da Neurocirurgia do Instituto de Neurologia Deolindo Couto, da UFRJ. Segundo ele, há fatores deflagradores da doença, mas não causas específicas para seu surgimento. “As mulheres têm mais enxaqueca que os homens, principalmente as que estão na fase fértil, e por isso acredita-se que o surgimento da doença tenha ligação com a produção de hormônios, mas o mecanismo correto ainda não foi descoberto”. Predisposições genéticas para o mal podem existir, mas a enxaqueca só surgirá quando houver estímulos do meio ambiente que propiciem sua aparição. “Certos tipos de alimentos, como algumas frutas e chocolate, além de dormir demais ou, pelo contrário, ter insônia, são fatores que podem desencadear a doença”, explica o médico. Porém, uma pessoa pode levar uma vida pouco saudável, se alimentando mal, dormindo pouco, sem atividades físicas, e não sofrer de enxaqueca, porque não tem predisposição a ela. Segundo doutor Rogério,
o estresse é um dos responsáveis indiretos pelo desencadeamento
da doença, na medida em que seus sintomas levam as pessoas às
causas do surgimento da enxaqueca. Ele pode surgir devido à pressões
no trabalho, em casa, na fase do envelhecimento e até mesmo na
infância, e apresenta sintomas como dores de cabeça, indigestão,
dores musculares, insônia, taquicardia, esgotamento físico,
além dos problemas psicológicos, como isolamento e introspecção,
sentimentos de perseguição, desmotivação,
irritabilidade, emotividade acentuada e ansiedade. A duração das crises, segundo doutor Rogério, é longa, podendo permanecer de 4 a 72 horas, e o tratamento feito pode ser preventivo ou durante a crise. “O tratamento mais comum é feito com analgésicos e anti-inflamatórios quando ocorre uma crise, mas o modo de tratar adequado é eliminar os fatores que podem desencadear a doença, aumentando a qualidade de vida, praticando exercícios físicos e tendo uma alimentação adequada, além de uma boa noite de sono. Também podem ser usados beta bloqueadores do canal de cálcio e anticonvulsivantes.”, esclarece. As conseqüências
na vida de uma pessoa que sofre de enxaqueca podem ser negativas dependendo
da freqüência e intensidade que a doença ocorre, devido
à limitação que promove. Por isso, deve-se procurar
tratamento caso a crise se inicie e cuidar para que haja bons hábitos
de vida. |
|
Notícias
anteriores: • 27/04/2006 - Os problemas de um piercing genital • 20/04/2006 - Umbigo e supercílio: cuidado com eles • 13/04/2006 - Piercing no nariz e na orelha: agressão com o corpo |