Por uma boa causa |
20.04.2006
|
Umbigo e supercílio: cuidado com eles De acordo com o doutor David Azulay, professor assistente do Serviço de Dermatologia do HUCFF, é preciso lembrar que qualquer colocação de piercing não deixa de ser um pequeno ato cirúrgico e por isso não está livre de complicações. “Há risco de infeccionar, mesmo que o material utilizado seja limpo e nunca tenha sido utilizado antes”, explica. Para evitar infecções desse tipo, além das dermatites de contato, ou seja, as alergias que a pele possa sofrer devido ao material colocado, o professor indica a utilização de piercings feitos de aço cirúrgico ou titânio, além de metais nobres, e explica que piercings como os do supercílio são como brincos, só que fora do lóbulo da orelha. “Um brinco é apenas um piercing mais tradicional”. Só que a localização, para o professor, influencia, e muito, na rejeição do piercing. “A língua é a área com mais riscos, devido a proliferação de bactérias, mas o umbigo e o supercílio também precisam de cuidados, principalmente de limpeza na época de cicatrização, como qualquer outro brinco”, explica, mostrando que o piercing do umbigo leva cerca de seis meses para cicatrizar, podendo chegar a um ano. Ainda deve-se cuidar para que não haja grande atrito entre o adereço e as roupas, que pode irritar a pele. Caso surja algum problema, mesmo que os cuidados tenham sido tomados, é necessário procurar um médico para iniciar o tratamento adequado e retirar o piercing. “Havendo infecções, pode surgir uma carne esponjosa, chamada no meio científico de granuloma progênico, e nesse caso torna-se imprescindível a retirada do piercing para que a pele volte ao normal”, alerta o professor. E ele ainda adverte quanto às pessoas que têm tendência a desenvolver quelóide. “Para as pessoas que tem quelóide, e que pioram ou criam o problema a partir do piercing, o tratamento é mais forte, com infiltrações de corticóide para a melhora da área”. Já a gravidez,
tida por muitos como motivo para a retirada do piercing no umbigo, não
causa problemas. Segundo o professor, não é necessário
que uma mulher tire o objeto porque está grávida, ele
não oferecerá nenhum risco nem para a mãe, nem
para o bebê. |
|
Notícias
anteriores: • 13/04/2006 - Piercing no nariz e na orelha: agressão com o corpo • 06/04/2006 - Piercing na língua? Nem pensar! • 30/03/2006 - Melhora na qualidade de vida no tratamento da dor |