Por uma boa causa |
13.04.2006
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Piercing no nariz e na orelha: agressão com o corpo De acordo com a doutora Tânia Torraca, professora assistente do Serviço de Otorrinolaringologia da UFRJ, “o risco de ocorrer algum problema no nariz e na cartilagem da orelha é muito grande, já que esses tecidos possuem má vascularização, ou seja, não recebem muita quantidade de oxigênio e de sangue, o que deixa as áreas mais indefesas”. Exatamente por serem pouco vascularizadas, as cicatrizações dessas áreas são prejudicadas e se tornas extremamente demoradas, existindo casos em que não ocorre totalmente. “Com esse quadro, é possível que permaneça uma seqüela”, alerta a professora. Nesse caso, a pessoa sentirá dor e incômodo enquanto o piercing for utilizado, e só haverá melhora com a retirada da jóia. Para prevenir esses problemas com os piercings é recomendável procurar um local confiável para a colocação, com boas condições de assepsia. “A pessoa deve exigir a utilização de material descartável, como seringas e agulhas e não utilizar medicação já aberta. Além disso, é bom comprar a jóia de material antialérgico, de algum metal nobre, ou aço cirúrgico, para evitar possíveis dermatites. Com todas essas medidas tomadas corretamente, além de evitar infecções mais comuns, torna-se mais fácil evitar a propagação de doenças como a Hepatite C e a Aids”, recomenda. Quando a infecção já está ocorrendo, a melhor solução é procurar um especialista para retirar o piercing, já que o pus e o sangue presentes na infecção podem formar um abscesso e prejudicar as funções da área afetada. O tratamento com medicamentos também pode se tornar necessário até que a infecção melhore. - Mas a recomendação dos médicos – finaliza a professora Tânia – é não utilizar piercings, pois representam uma verdadeira agressão ao próprio organismo. |
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