Ciência e Vida
23.03.2006

O perigo da eclâmpsia
Por Mariana Granja

As futuras mamães têm mais um problema com que se preocupar: A pré-eclâmpsia e a eclâmpsia que atingem cerca de 10% e 0,1% das mulheres grávidas, respectivamente. “A pré-eclâmpsia é uma doença que ocorre na gravidez, caracterizada pelo aparecimento da hipertensão e proteinúria, ou seja, eliminação de proteínas na urina”, explica o professor Joffre Amin, diretor da Maternidade Escola da UFRJ.

Segundo ele, a eclâmpsia ocorre quando a mulher chega a ter convulsões, e nesse caso há alta taxa de mortalidade feminina. Outros sintomas são caracterizados por dores de cabeça, estocomas (ver estrelas) e abdominais. Já as causas da doença não são conhecidas conforme esclarece a diretora de Divisão Médica da Maternidade, professora Rita Bornia. “A pré-eclâmpsia tem uma incidência maior na primeira gravidez, ou quando a paciente já possui idade avançada, além de ser de caráter familiar, e especula-se que ocorra devido a uma rejeição placentária”.

De acordo com pesquisa realizada pelo Hospital Sud Reunion, na França, essa rejeição é responsável por desenvolver uma pressão da placenta sobre o útero, a fim de que o feto obtenha nutrientes necessários para seu crescimento. Esse quadro pode ser evitado se a mulher tiver contato com o sêmen do marido por mais de um ano, pois assim seu corpo se acostuma com o gene estranho e não o rejeita na gravidez, diminuindo as chances de desenvolver a pré-eclâmpsia.

- As formas de prevenção - diz a professora Rita - são o pré-natal para identificar mulheres de maior risco e acompanhá-las mais de perto. Além disso, “aspirina em baixa dosagem pode ser receitada até próximo ao parto para quem tem risco de desenvolver pré-eclâmpsia”, afirma.

O tratamento para quem já está com a doença é repouso. “Esta precaução tem como objetivo proteger a vida da mãe e do bebê, mas estando em risco optam pela vida da mãe”, esclarece a professora.

 

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