Argumento |
16.03.2006
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Um biotério para a UFRJ por Geralda Alves Na quarta-feira de cinzas, dia 1º de março, as instalações do Laboratório de Vertebrados do Departamento de Ecologia do Instituto de Biologia da UFRJ pegou fogo matando 93 roedores e causando prejuízos da ordem de 100 mil dólares, considerando os investimentos realizados em equipamentos, que foram danificados, e na perda do material coletado durante o período de desenvolvimento dos trabalhos científicos, que tiveram sua continuidade prejudicada. A morte desses animais poderia ter sido evitada se na Universidade existisse um biotério. Segundo o professor Paulo Melo, responsável pelo Laboratório de Farmacologia de Toxinas e presidente da Comissão de Avaliação da Utilização de Animais em Pesquisa do CCS (CAUAP) é extremamente necessário a criação de um biotério na UFRJ, ou seja, um lugar apropriado para se receber e manter os animais de laboratório, em condições sanitárias dentro de padrões estabelecidos, para serem utilizados na pesquisa científica, na preparação de produtos biológicos, em exames toxicológicos ou no controle de qualidade de alimentos, medicamentos e vacinas. “No Rio de Janeiro a Universidade Rural, a Federal Fluminense e a UERJ tem biotério, além da FIOCruz que possui o melhor deles. Em São Paulo, existe uma infra-estrutura em algumas universidades, como a Unicamp, a USP-capital e a USP de Ribeirão Preto”, enfatiza o professor. Segundo Paulo Melo
há 30 anos vêm se discutindo a necessidade de um biotério
na UFRJ. “O que tem emperrada é a falta de verba. Fazer
um grande biotério, que a Universidade comporte, sai caro, mas
ele pode se auto sustentar, através da venda de animais para
pesquisadores (esses animais poderiam se preparados ou não, de
acordo com a necessidade de cada um), além de gerar diversos
empregos”. |
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