Notícias da Semana
09.03.2006

Inauguração do Anfiteatro Márcia Curvello
Por Mariana Elia

Na última terça-feira, dia 7 de março, foi inaugurado o anfiteatro Márcia Curvello no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. Em cerimônia bastante emocionada, professores e colegas fizeram discursos e homenagearam a professora, que morreu em 26 de dezembro de 2004.

Por volta de meio dia, a professora Vera Halfoun, da Faculdade de Medicina, deu início à cerimônia. Em seguida, o professor Ângelo Papi, também da Faculdade de Medicina, que se emocionou muito ao final de seu discurso, lembrou da importância da professora no meio acadêmico e como companheira de trabalho.

O decano do Centro de Ciências da Saúde, professor João Ferreira da Silva Filho, presidiu a mesa durante o evento e falou sobre a trajetória da professora. Márcia Curvello foi uma mulher muito respeitada e persistente, produziu muito ao longo de sua vida entre artigos e programas como o PEP (Programa de Educação Permanente, do Estado), da qual foi propulsora, como também foi um grande incentivo para tantos e, segundo o professor Almir Fraga Valladares, diretor da faculdade de medicina, é “permanente na história da faculdade de medicina”.

Para finalizar, o professor Alexandre Pinto Cardoso, diretor do Hospital Universitário, disse que “Márcia Curvello significa o norte, o referencial que devemos seguir”. Ainda de acordo com o professor Almir, a homenageada conseguia fazer o papel do tripé de toda faculdade, preocupando-se com o ensino, a pesquisa e a extensão e, enfim, o professor Godofredo de Oliveira Neto, representando o SESu/MEC encerrou a cerimônia.

As referências à professora Márcia foram sempre relacionadas a sua perseverança nas lutas políticas na medicina, seu trabalho clínico consciente e sua sensibilidade. Características difíceis de conciliar, mas que foram a marca deixada por ela em seus amigos, colegas e adversários (por vezes até os três juntos).

Finalmente, o decano convidou todos a presenciar a inauguração da placa do anfiteatro em nome de Márcia Curvello, descerrada pelo pai da professora, muito emocionado junto ao resto da família.

Recepção de calouros lota auditório do CCS
Por Mariana Granja

Pelo sétimo semestre consecutivo, a Decania do Centro de Ciências da Saúde (CCS) promoveu, nesta terça-feira, dia 7 de março, a solenidade de recepção integrada aos calouros.

O evento contou com as presenças dos professores José Roberto Meyer, Pró-Reitor de Graduação e Corpo Discente da UFRJ, João Ferreira, Decano do CCS/UFRJ, Francisco Strauss, Coordenador de Ensino de Graduação do CCS/UFRJ e do estudante Gabriel Marques, do Diretório Central dos Estudantes (DCE Mário Prata) que saudaram os novos alunos.

O professor Roberto iniciou sua fala saudando os novos alunos e diretores, e explicitando as qualidades da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Mostrou que nos antigos provões, 80% dos cursos obtinham nota máxima, mesmo com a UFRJ tendo menores investimentos que outras universidades, como a USP, com seis vezes mais verba.

Enumerou a tecnologia existente no Hospital Universitário, mas frisou que o mais importante não é o recurso tecnológico disponível na universidade, e sim os recursos humanos, ou seja, os alunos e professores que compõem a Universidade e seu hospital.

A seguir, o estudante Gabriel Marques tomou a palavra, e convidou os novos estudantes a participarem ativamente da vida acadêmica, a lutar por melhorias nos alojamentos que estão em estado precário, e a participar da luta pelo “Bandejão Já”, retirado pelo ex reitor, professor Nelson Macullan. Gabriel criticou a forma como está sendo feita a reforma universitária e a existência do pro-uni, programa no qual, segundo ele, “em vez de investir em uma universidade pública, o governo isenta universidades particulares”. Antes de terminar e passar a palavra para o Decano professor João Ferreira, o aluno fez um apelo: que os estudantes pensem no coletivo, e lutem pela Universidade.

Explicando que as grandes unidades de ensino vivem em função da entrada semestral “dos mais brilhantes alunos do país”, o Decano professor João Ferreira iniciou seu pronunciamento. Falou da importância do hospital universitário, detentor de assistência médica de qualidade, acessível à população pobre, e que possui uma das características mais complexas de se trabalhar no campo da saúde: cuidar bem das pessoas, com generosidade e atenção.

O Decano acrescentou ainda que os novos estudantes poderão aprender a fazer a melhor pesquisa do país, pois a Universidade tem condições para isso, e que a UFRJ se coloca na posição de ser escolhida por esses alunos, que poderão fazer dela sua segunda casa.

Coube ao Professor Francisco Strauss fazer a apresentação do Centro, o maior de toda a UFRJ, salientando sua história de ensino de qualidade, excelência na pesquisa e referência na assistência à saúde. O Coordenador destacou que, o Centro de Ciências da Saúde foi aquele que mais ampliou o número de vagas oferecidas no vestibular 2006, alcançando 80% delas. Para tal, contribuiu a criação de três novos cursos: Bacharelado em Ciências Biológicas – Biofísica (trinta vagas); Bacharelado em Educação Física – diurno (trinta vagas) e Licenciatura em Ciências Biológicas – Macaé-RJ (cinquenta vagas). Além disso, quatro outros cursos aumentaram a oferta de vagas: Licenciatura em Ciências Biológicas, do Instituto de Biologia, (mais oito vagas); Ciências Biológicas – Modalidade Médica (mais cinco vagas); Nutrição (mais quatro vagas) e Bacharelado em Ciências Biológicas/Microbiologia e Imunologia (mais cinco vagas), perfazendo um total de 182 novas vagas.

Strauss fez um apelo aos estudantes, depois de anunciar que, como “órfãos do neo-liberalismo”, talvez fossem mais conservadores que seus pais: pediu que fossem rebeldes, pois só assim será possível mudar o status quo e transformar a sociedade. Assim se despediu, dizendo “Parabéns, muito sucesso, e sejam rebeldes!”

Para finalizar, falou a professora Cristina Loyola, diretora do Hospital-Escola São Francisco de Assis (HESFA), que foi apresentado como um espaço para a realização da assistência, da pesquisa clínica e do processo ensino-aprendizagem em treinamento em serviço, na área da saúde. Cristina Loyola contestou a vida dos hospitais universitários e apontou outros caminhos para sua utilização. Afirmou que tais hospitais gastam cerca de 12% mais que hospitais comuns, e que hoje em dia está em vigor a des(h)ospitalização, ou seja, cada vez mais há o tratamento em casa, sem a necessidade de internação e sem os riscos de infecções hospitalares, destacando que os hospitais universitários tendem a ser conservadores.

A diretora do HESFA ainda falou sobre a eficiência dos hospitais universitários e do SUS (Sistema Único de Saúde), que cobrem quase 100% de gestações, acidentes, e controle de muitas doenças, como a hanseníase, por exemplo. E por fim, antes de se despedir terminando a recepção de calouros, questionou o que significa “alta complexidade” existente nos hospitais, se pode ser considerada a existência de alta tecnologia instrumental, utilizada em CTI´s, ou “tecnologia humana”, para tratamentos psiquiátricos, por exemplo.



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