|
“Quando
eu prestei Vestibular e quando eu pensava em Medicina antes de
entrar na Faculdade, eu idealizava uma profissão, e acreditava
que a faculdade fosse corresponder a isso. Na verdade, eu pensava
em coisas mais abstratas e idealizadas, como ajudar o paciente,
fazer bem ao próximo. Mas, depois que eu entrei dentro
da rotina de um hospital, percebi que é tudo muito palpável,
muito concreto. Havia várias matérias super específicas
nos primeiros períodos, que de início, eu não
entendia a finalidade, no que elas poderiam ser úteis na
minha formação. Os dois primeiros anos são
muito difíceis, porque o aluno não interage com
os pacientes. Por isso, é comum encontrar alunos pensando
em desistir, decepcionados com a quantidade de matérias
teóricas. Porém, depois desse período inicial
e a partir do contato com os enfermos, você passa a entender
a necessidade de cada assunto estudado. E, apesar da faculdade
não ter correspondido as minhas expectativas iniciais,
eu nunca pensei em desistir e tenho muito orgulho de me formar
numa profissão tão bonita, embora sacrificante,
como a Medicina”. |
|
“Antes
de ingressar na faculdade, a maioria dos vestibulandos pensa em
cursar Medicina para ajudar o próximo, ajudar os pacientes,
ser prestativo... Eu acredito que esse seja o princípio
da Medicina. Apesar disso, uma minoria procura a Medicina pensando
em adquirir um ganho financeiro maior, o que atualmente, é
uma grande fantasia. Enfim, depois que eu entrei na faculdade,
passei por algumas enfermarias, tive contato com pacientes, percebi
que ser médico é muito mais difícil do que
eu pensava. Não é simplesmente ir até o paciente,
conversar e indicar o remédio. Existe uma série
de outras coisas que devem ser levadas em consideração.
Também é frustrante perceber que o médico
não é nenhum super-herói capaz de curar todas
as doenças. Apesar disso, depois de observar o dia-a-dia
das emergências, o que eu destaco como o mais importante
da profissão é tratar o paciente com atenção
e respeito. Essa é uma regra básica que os nosso
professores ressaltam todo o momento e que, infelizmente, pode-se
considerar uma raridade entre muitos dos profissionais da área.
Para resumir, eu acho que fazer Medicina é para quem quer
ajudar o próximo. Por qualquer outra razão não
vale a pena!”. |