Argumento |
20.10.2005
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UFRJ tem centro de diagnóstico e pesquisa em Hipertermia Maligna por Eric Macedo A hipertermia maligna aparece em um caso para cada dez a 15 mil cirurgias em crianças e um para cada 50 mil cirurgias em adultos. Segundo o professor Roberto Takashi, do departamento de Farmacologia da UFRJ e coordenador do centro, a doença é de natureza farmaco-genética, ou seja, a pessoa nasce com o problema, mas ela só vai se manifestar quando o paciente fizer uma cirurgia e for exposto aos fármacos da anestesia. O quadro clínico é de aumento da freqüência cardíaca, rigidez dos músculos, sudorese intensa e rápido aumento da temperatura. “A temperatura sobe um grau a cada cinco minutos. Chega a 43o, 44o”, revela Takashi. Com isso, os músculos começam a se destruir, há hemorragia e o paciente morre. O centro é resultado de uma parceria entre os departamentos de Farmacologia, Anestesia e Ortopedia da UFRJ. Ele é um dos únicos do país que realiza testes para o diagnóstico da doença. “Agora é que se está criando outro laboratório em São Paulo”, diz Takashi. O exame é complexo: é preciso que o paciente se submeta a uma pequena cirurgia para retirada de um pedaço de músculo da perna, em que é realizada uma biópsia. O teste é indicado para quem tem pessoas na família que já manifestaram a doença. Dos 165 pacientes biopsiados até hoje, 60% revelaram portadores do problema. Além disso, está sendo desenvolvido pelo
centro um novo medicamento para combate da hipertermia maligna. Segundo
Takashi, a pesquisa já se encontra em fase bastante avançada.
“Já há um remédio para tratar a doença,
mas ele é caro e tem a solubilidade bastante difícil.
A substância que estamos desenvolvendo tem a grande vantagem de
ser altamente solúvel”, conclui. |
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