Saúde
Preventiva entre Profissionais do Sexo
Por Vanessa Souza
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O
trabalho Jardim de Sombras: Liderança e Prevenção
entre Prostitutos e Prostitutas na Cidade do Rio de Janeiro, de autoria
da doutora Carla de Méis, foi o vencedor do Prêmio “Professor
Luiz Cerqueira”, da Associação Brasileira de Psiquiatria.
O estudo teve a orientação do decano do Centro de Ciência
da Saúde - CCS, professor João Ferreira da Silva Filho,
que recentemente alcançou a titulação máxima
destinada à comunidade acadêmica.
Normalmente, a prostituição é reprovada nas sociedades,
devido à degradação que gera aos praticantes e à
disseminação de doenças sexualmente transmissíveis.
A partir das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs),
entre as quais a AIDS, tornou-se necessária a intervenção
estatal para o controle e prevenção dessas doenças,
que atingiram níveis de epidemia no final do século XX,
início do século XXI.
O Vírus da Imunodeficiência Humana - HIV é o causador
da AIDS, doença que atinge o sistema imunológico a ponto
de tornar mortais, infecções geralmente corriqueiras. No
mundo todo, pelo menos 28 milhões de pessoas já morreram
infectadas pela AIDS.
As camisinhas masculina e feminina são o meio mais seguro de evitar
a infecção pelo HIV e outras DSTs. A eficácia da
camisinha como forma de prevenção depende da forma como
ela é utilizada, da experiência em usá-la corretamente
e da qualidade do produto.
A maior dificuldade encontrada durante a realização de um
trabalho de prevenção entre prostitutas, ainda diz respeito
à resistência dos clientes em usar preservativo durante as
relações. Para os travestis, no entanto, é sempre
mais fácil seguir essa determinação porque, segundo
eles relatam, a maioria de seus clientes é casada e procura travestis
para sexo passivo e nesta condição, só precisam colocar
a camisinha em si mesmos, em oposição a convencer o cliente
a usar.
Mais
de 20 anos depois da identificação do HIV, ainda não
há vacina contra o vírus, nem cura para a doença,
apesar da expectativa de vida dos portadores de HIV ter crescido significativamente
graças à nova geração de medicamentos usados
no combate à AIDS.
No
dia 17 de outubro, um grupo de profissionais especializados na pesquisa
da AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis, do
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), estará
promovendo a palestra “Ajudando no Desenvolvimento de uma Vacina
contra HIV”, com David Watkins.
Watkins
é chefe do Laboratório de Diagnóstico Molecular e
Histocompatibilidade do Hospital de Clínicas da Universidade de
Wisconsin e integrante do Grupo de Trabalho de Pesquisa de Vacina de Aids
(AVRWG).
A vinda de David Watkins para o Rio de Janeiro é resultado do trabalho
entre o Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias
(DIP) e o Projeto Praça Onze, realizado pelo grupo de profissionais
especializado na pesquisa da AIDS e outras doenças sexualmente
transmissíveis, ambos com trabalhos desenvolvidos no Hospital do
Fundão.
De acordo com o coordenador do Laboratório de Pesquisa em AIDS
da UFRJ, doutor Mauro Schechter, produzir qualquer droga é um processo
longo, complicado e caro. E no caso do vírus HIV, ainda existe
um agravante que consiste no fato de que a parte do vírus a ser
combatida ainda não é conhecida pelos estudiosos. “Contra
o HIV já foram testadas mais de 20 vacinas, mas até encontrarmos
a definitiva vai demorar um pouco”, conclui
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