Notícias da Semana
29.09.2005

Um sorriso para o Reitor na Faculdade de Odontologia
Por Andréa Pestana

“A melhor maneira de entender a dimensão das queixas e dificuldades de cada unidade é vendo ao vivo e em cores.”

Assim o reitor iniciou mais uma visita da Reitoria Itinerante. Reunidos, pró-reitores, superintendentes e prefeito foram recebidos pelo diretor da Faculdade de Odontologia, professor Wladimir Cortezzi, para uma visita guiada por toda a Faculdade. O diretor recebeu diversos elogios pelo estado de preservação e organização da unidade. No entanto, os problemas estruturais nos consultórios foram apontados e verificados pela equipe que acompanhava o reitor.

Diante das demandas da unidade, o professor Aloísio esclareceu como é feito o processo de alocação dos recursos e a impossibilidade de remanejamento de verbas.

O reitor disse em tom de desabafo que a universidade não recebeu, nesse ano, nenhuma verba para despesas de capital, que se destinam à construção de novos prédios. Ele citou que o prédio do Instituto de Física será construído com verba da FINEP e que a prática de captar outras fontes de recursos deverá ser utilizada com maior freqüência.

O professor Milton Flores informou que a Universidade receberá dentro de vinte dias um montante aproximado de R$3 milhões para reparo de salas de aulas, ainda nesse ponto, o reitor explicou a complexidade da questão de obras na universidade, disse que embora haja um curso de engenharia de referência, as licitações para as obras eram estruturadas de forma incorreta o que gerava uma quantidade enorme de termos aditivos e acabava comprometendo as obras. Aloísio informou que atualmente o quadro é melhor, o projeto CT-Infra está com suas atividades em dia, ou seja, 90% das obras estão em andamento, além disso, os editais são fechados dentro dos prazos. O reitor reforçou a importância de se ter uma cultura de planejamento para que os recursos da universidade sejam gastos sem que haja sobras e assim se possa utilizar um orçamento base.

Outro ponto levantado por professores da Faculdade de Odontologia diz respeito a vagas para docentes; hoje o quadro de docentes é de 3.250. Aloísio disse que havia um compromisso do governo de distribuir vagas para docentes ainda em 2005, e no início de 2006 a UFRJ contaria nova distribuição. Segundo o reitor nada mais foi dito sobre esse assunto em Brasília. “É fato que o quadro de docente da universidade não cobre suas necessidades, mas o Fórum de Reitores tem feito pressão junto ao MEC para abertura de novos concursos”, acrescentou Aloísio.

“A disputa interna pela alocação de vagas deve ter um foco institucional, pois o reflexo de seus erros serão sentidos ao longo dos anos”, advertiu o reitor.

O Pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa – PR-2, José Luiz Monteiro, respondendo sobre a dificuldade sentida por professores em captar recursos junto aos órgãos de fomento, colocou que a dificuldade trazida pela classe é sentida por todos os novos pesquisadores e que há uma pressão no país para que o modelo de financiamento de pesquisa seja mudado. Hoje a PR-2 utiliza recursos do PROAP – Programa de Apoio a Pós-graduação que são limitados para a pesquisa.

O reitor falou sobre a pesquisa clínica no Brasil e propôs a elaboração de uma linha específica de pesquisa clínica para a UFRJ para ser defendida junto aos órgãos de fomento. Aproveitando a oportunidade, Aloísio defendeu a necessidade de discutir uma política de implantação dos Comitês de Ética na UFRJ, disse que no momento essa questão está sendo discutida no âmbito interno das unidades.

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