Saúde e Prevenção |
08.12.2005
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Uma
luz na escuridão
Por Wang Pei Yi Incentivado por
um de seus pacientes, uma criança de 4 anos com catarata total
do olho direito e parcial do olho esquerdo, o Professor Adjunto de Oftamologia
da UFRJ, Luciano Gonçalves criou o Projeto Luz que completa no
ano que vem 10 anos de existência. O projeto com objetivo inicial
de estudo sobre o retardo do diagnóstico precoce da catarata
congênita, já empreendeu ações como Campanhas
de conscientização junto a maternidades e praças
públicas em Duque de Caxias, divulgação em novelas
da Rede Globo, merchandising social, sobre a importância do diagnóstico
da doença dentre outras. A catarata congênita é uma doença caracterizada pela opacificação do cristalino do feto durante a gestação, se total afetará o desenvolvimento da visão. Segundo o professor adjunto de Oftalmologia da UFRJ e autor do projeto, a doença pode ser adquirida por infecção durante a gestação, por vírus, tais como o da rubéola, do herpes, citomégalo; por trauma, causas genéticas e causas idiopáticas e também por erro do metabolismo, tal qual acontece na galactosemia (um distúrbio metabólico da galactose). Não existe prevenção para a doença, e sim prevenção contra a cegueira causada pela catarata. Somente através do diagnóstico precoce da galactosemia se pode prevenir e até reverter opacificações incipientes do cristalino. De forma geral, a prevenção da cegueira é feita a partir do aconselhamento genético em famílias onde existe este tipo de catarata e pelas campanhas de vacinação contra rubéola. A realização rotineira do exame do reflexo vermelho na alta dos recém-nascidos é uma forma de prevenção de cegueira. A doença é diagnosticada através do exame do reflexo vermelho ou por luz de uma lanterna quando a catarata é do tipo branca. Após este exame o especialista irá realizar por meio da ultrasonografia e outros exames especializados para ter certeza de que a opacificação se encontra apenas nos cristalinos. A catarata congênita deve ser tratada ainda nos primeiros 3 meses de vida. Se possível até antes. Entretanto o tratamento
depende do tipo da catarata e da sua localização. Se for
total, catarata branca, tem que ser operada, se possível, antes
do terceiro mês de vida. O exame oftalmológico é
importante para indicar o tipo de tratamento. "Tratada no momento
certo e acompanhada por equipe de estimulação visual nos
primeiros dez anos de vida a doença tem cura total", afirma
Gonçalves. Para ajudar ao Projeto Luz o doador deve se encaminhar à Fundação Universitária José Bonifácio, Av. Pasteur 280 - Urca - RJ, CEP 22290-240, a/c de Maria Augusta Monteiro, da Gerência de Contratos e Doações, ou entrar em contato pelo telefone 2546-2059, ou enviar um email para maria@fujb.ufrj.br, ou escrever uma carta especificando o valor a ser doado para o "PROJETO LUZ", coordenado pelo Prof. LUCIANO GONÇALVES na Maternidade Escola da UFRJ. Mais informações
no site do Projeto Luz : www.ufrj.br/projetoluz
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