Saúde e Prevenção
01.12.2005

Prisão de ventre
Por Taúsa Gamboa

Cerca de 24% dos brasileiros sofreram de constipação intestinal no último ano. Também conhecida como prisão de ventre, a alteração é apontada como um dos grandes males da vida moderna. Definida pela falta de movimento normal de evacuação depois de três dias, com cerca de sete tentativas por semana sem sucesso, o desconforto é sempre seguido de aumento no volume do estômago e dor.

O conceito varia conforme o nível do problema e do fluxo intestinal, uma característica pessoal. Assim como existem pessoas que evacuam três vezes ao dia, outras só o fazem a cada três dias. Dentro destes parâmetros, o indivíduo pode se considerar com o fluxo intestinal saudável. Fora destes limites, tanto para mais como para menos, já se caracteriza uma alteração.

As variações no fluxo intestinal podem ser momentâneas ou durar longos períodos. Tudo oscila conforme a raiz do fator que originou o problema.
Entre suas muitas razões, estão as mudanças súbitas dos hábitos alimentares, dietas sem acompanhamento médico, alimentação pobre em fibras, pequeno consumo de água e vida sedentária.

As mulheres, três vezes mais atingidas que os homens, são mais suscetíveis ao problema na faixa etária de 40 a 49 anos. Mas independentemente do sexo, a idade avançada complica a situação. A utilização de medicamentos que interferem na atividade intestinal; o sedentarismo; doenças específicas que alteram a motilidade do intestino ou o dilatam; e obstruções mecânicas são outros fatores que favorecem a prisão de ventre.

A melhor forma de tratar o problema é identificar a causa, pois é somente a partir dela que se poder realizar um tratamento adequado. Na maioria das vezes, apenas uma maior atividade física e a melhora na dieta alimentar, com maior consumo de fibras, já é suficiente para resolver o caso. Se a prisão de ventre for decorrente de alguma doença, é ela quem deve ser tratada e, tão logo isso seja feito, a constipação vai desaparecer. Causas relacionadas a problemas emocionais e estresse funcionam da mesma forma. Embora existam medicamentos laxativos à disposição no mercado brasileiro estes só são indicados em casos graves e específicos.

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