Ciência e Vida |
17.11.2005
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Por amor a capoeira Tudo começou no início da década de 90, quando o professor de Capoeira, Gilberto Oscaranha, parou seu carro na porta da Escola de Educação Física e Desportes da UFRJ (EEFD), com a mala cheia de livros, revistas e jornais particulares sobre a cultura afro-brasileira. A procura foi tão grande que o professor conseguiu um espaço no ginásio da escola. Hoje, o acervo pode ser visitado no subsolo das dependências do departamento de lutas da EEFD. Com cerca de mil publicações impressas, 50 DVDs, 150 fitas VHSs e cerca de mil fotos, sendo 600 digitalizadas, o Acervo Cultural de Capoeira Artur Emídio de Oliveira busca capitalizar e difundir a cultura afro-brasileira dentro e fora da Universidade. Seguindo esses ideais do professor que dá nome ao acervo, sua equipe promove e participa de palestras, mesas-redondas, encontros e atividades de extensão. Entre estas podemos citar projetos de inserção da cultura afro-brasileira e da capoeira no currículo disciplinar das escolas estaduais do Rio de Janeiro. O acervo é um pólo de resistência cultural dentro da Universidade e se tornou um ponto de referência em função do esforço da equipe e de seu idealizador. Gilberto Oscaranha foi o primeiro professor universitário de Capoeira do Brasil e recebe doações de livros da cultura afro-brasileira, didáticos, teses de mestrado e monografias de alunos, professores, acadêmicos e federações interessados em contribuir com o seu projeto cultural. Apesar de contar com amplo apoio da administração da Universidade, do Forum de Ciência e Cultura (FCC), da Fundação Universitária José Bonifácio (FUJB) e de particulares, o acervo enfrenta vários problemas. Sua infra-estrutura ainda não está totalmente montada, como também o corpo profissional é deficitário. Assim, a equipe da EEFD não tem como dar continuidade ao trabalho e atender a crescente demanda.
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