Notícias da Semana
10.11.2005

III Simpósio de Extensão do CCS/UFRJ
Por Vanessa Souza


“Não se faz reforma da universidade sem mudança do saber que ela vai transmitir”.
Anísio Teixeira, 05/68.

A Universidade precisa acompanhar e acrescentar um novo saber experimental e tecnológico à sociedade. Porém, não pode relegar a segundo plano, o dever de conservação e disseminação da cultura nacional atual. Partindo deste pressuposto, o Centro de Ciências da Saúde, da UFRJ, organizou o III Simpósio de Extensão do Centro de Ciências da Saúde.

Realizado na última terça-feira, 8 de novembro, o Simpósio trouxe como tema central a Reforma do Ensino Superior e Extensão Universitária. Durante o evento, ocorreram exposições orais sobre Novas Tecnologias Educacionais no Ensino Superior e Técnicas em Assuntos Educacionais da Coordenação de Extensão.

A Abertura do Simpósio foi marcada pela presença da Vice-Reitora da UFRJ, prof. Sylvia Vargas; da Pró-Reitora de Extensão da UFRJ, prof. Laura Tavares Ribeiro Soares; e do Decano do Centro de Ciências da Saúde - CCS, prof. João Ferreira da Silva Filho.

Um breve desenvolvimento do tema, Reforma do Ensino Superior e Extensão Universitária foi apresentado pela Coordenadora de Projetos Sociais / Extensão Universitária – UNIFESP, Linda Bernardes.

A Coordenadoria de Projetos Sociais da UNIFESP tem como objetivo dar suporte administrativo e educacional às atividades de extensão desenvolvidas no campus, participando do planejamento e da elaboração de projetos, programas, cursos de extensão e eventos, documentos e publicações, prestações de serviços, bem como da análise, divulgação e avaliação das ações extensionistas da universidade.

De acordo com Linda Bernardes, “a missão da Extensão se distancia de um projeto social devido a sua responsabilidade de produzir conhecimentos relevantes à sociedade”. Ou seja, a Extensão proporciona impacto social, mas não pode deixar de lado o impacto acadêmico. É através da aplicação dos conceitos produzidos e reproduzidos em sala de aula, que a Extensão constrói novos espaços de formação.

O primeiro Painel exposto no Simpósio abordou as Novas Tecnologias Educacionais no Ensino Superior. Teve a participação da Coordenadora de Educação à Distância do CCS, prof. Masako Oya Masuda; da Diretora de Tecnologia Educacional para Saúde – NUTES / UFRJ, prof. Mirian Struchiner; e de uma representante do Departamento de Saúde Pública da EEAN, prof. Elizabete Pimenta Araújo Paz.

A prof. Masako Oya Masuda apresentou um apanhado geral sobre a Experiência da Educação à Distância no Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas e concluiu dizendo que embora a tecnologia seja uma parte fundamental da educação à distância, qualquer programa de sucesso deve focalizar mais as necessidades instrucionais dos alunos que a própria tecnologia. Para isso, devem ser considerados, por exemplo, idade, base cultural e sócio-econômica, interesses e experiências, níveis de educação, e familiaridade com métodos de educação à distância, dos alunos.

Na busca de uma solução eficaz aos desafios propostos pela atual sociedade às organizações educacionais, houve a revalorização das modalidades de educação à distância, desenvolvida em sua terceira geração, onde os recursos das mídias tradicionais são potencializados a partir de sua fusão na internet. Este processo aperfeiçoa e barateia a distribuição de informação áudio-visual e textual. Mas apesar disso, os programas de educação à distância sofrem numerosos questionamentos. Baseando-se nesses questionamentos, a prof. Mirian Struchiner focou sua palestra nos Desafios da Educação à Distância.

Segundo ela, as críticas direcionadas ao método de Educação à Distância são motivadas, principalmente, pela crença de que um curso à distância se faz transformando uma aula presencial em um módulo escrito acompanhado de exercícios. Quando, no entanto, a produção de um bom curso à distância deve ter em conta as necessidades do público a quem vai estar direcionado, e a partir destas, a produção de metodologias pedagógicas, estratégias e recursos didáticos, mídias e softwares, realizados por uma equipe interdiciplinar, formada por pedagogos, comunicadores e especialistas em informática.

O Internato Extensionista da Escola de Enfermagem Anna Nery foi apresentado pela Prof. Elizabete Pimenta Araújo Paz. O programa tem por objetivo desenvolver atividades de ensino, extensão e pesquisa em municípios do interior do Estado do Rio de Janeiro. Alunos que estão no último ano da graduação de seus cursos complementam seus currículos escolares com atividades voltadas para o benefício e a reflexão social, bem como a organização das farmácias municipais e o Programa de Saúde da Família, trabalhando juntamente com as equipes de médicos das unidades do governo local.

O segundo e último painel do evento abordou as Técnicas em Assuntos Educacionais da Coordenação de Extensão do CCS. A prof. Victoria Brant, do NUTES, discursou sobre “Educação em Saúde: Teorias e Práticas”. A importância da pesquisa em Extensão foi exposta pela prof. Do Departamento de Ecologia do CCS, Laísa Maria Freire do Santos.

O final da programação do Simpósio teve a participação da Coordenadora de Graduação da Faculdade de Medicina do CCS, professora Ana Borralho, que falou sobre a formação dos profissionais de saúde. De acordo com a professora, ser um profissional da saúde significa entender o indivíduo como um todo, no lugar onde ele vive.

 

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