Notícias da Semana
03.11.2005

Reitoria Itinerante vai ao NPPN: Nem tudo são flores
Por Taisa Gamboa

“O Passado é presente e o futuro se entrelaça”. Esta foi uma das citações empregadas pela diretora do Núcleo de Pesquisa em Produtos Naturais (NPPN), Sônia Soares Costa, durante sua apresentação à Reitoria. E assim teve início a décima quinta Reitoria Itinerante. O encontro foi realizado no Auditório Paulo da Silva Lacaz, localizado no subsolo do bloco H, onde está situado o NPPN.

Sônia Costa apresentou o núcleo que gerencia, seu nascimento, em 1963 (ainda no campus da Praia Vermelha), e sua evolução ao longo dos anos. A professora também forneceu detalhes sobre seu corpo docente (que conta com apenas 13 professores), as linhas de pesquisa, os órgãos parceiros de financiamento, os pontos fortes e necessidades do núcleo, além de suas metas para o futuro.

No auditório, alunos, funcionários e professores fizeram perguntas e expuseram os principais problemas do NPPN. Na mesa, a coordenadora da Biblioteca Central e Sistemas de Bibliotecas e Informação (SIBi), Paula Mello; o prefeito da UFRJ, Hélio de Mattos; o Pró-Reitor de Graduação (PR-1), José Roberto Meyer; a Vice-Reitora, Sylvia Vargas; o Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa (PR-2), José Luiz Monteiro; e o superintendente da Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4), Roberto Gambine debateram as soluções para o Núcleo.

O primeiro a se pronunciar foi o Professor Antônio José. Sua dúvida era com relação ao estabelecimento de um contrato entre o NPPN e a White Martins para o fornecimento de oxigênio em dias e horários pré-estabelecidos. Atualmente, como não existe esse acordo oficializado, a qualidade do serviço oferecido pela empresa prejudica o andamento das pesquisas do núcleo, segundo o professor.

Ele disse ainda que, para a realização do up grade necessário ao bom funcionamento dos equipamentos do NNPN, é preciso um investimento em torno de 100 mil dólares, sendo que uma nova máquina, mais moderna, sairia a um custo de 300 mil dólares. Coordenador da PR-2, Luiz Monteiro destacou que, em muitos casos, é mais fácil comprar um novo equipamento do que recauchutar um antigo. Em seguida, a Vice-reitora, Sylvia Vargas, acenou com a possibilidade de recursos para se montar um Centro Nacional de Ressonância Magnética Nuclear no CCS.

A professora Sônia Costa anunciou que o NPPN está prestes a receber uma doação de livros e que tem a intenção de montar uma pequena biblioteca com o acervo. Sobre essa situação, a coordenadora do SIBi, Paula Mello afirmou que é difícil montar uma biblioteca sem a infra-estrutura adequada. Ela se pôs a disposição para conversar sobre o assunto e sugeriu a criação de uma sala para abrigar a coleção.

O Núcleo, coordenado pela professora Sônia Costa, há dois anos não consegue nenhuma vaga para docente, sendo assim não repõe aposentadorias e falecimentos. Além disso, algumas de suas disciplinas estão sob responsabilidade do Instituto de Química. Sylvia Vargas comentou que não há reserva técnica de docentes para o NPPN. O Pró-Reitor de graduação, Roberto Meyer, aconselhou ao núcleo apresentar uma carta do Instituto de Química, transferindo a responsabilidade das disciplinas referentes à química ministradas no NPPN, a sua própria administração. Com essa atitude, o Núcleo conseguiria reforçar o pleito para docentes.

Um problema comumente apontado pelas Unidades do CCS diz respeito à sobrecarga da mesa de telefonia do centro. O prefeito Hélio Mattos já apontou quais seriam as soluções e está trabalhando nas providências. Ou seja, uma mesa com maior número de canais já foi licitada e está em vias de compra. Ele se comprometeu a instalar dois novos ramais para atender o subsolo do NPPN.

Quanto a necessidades de reposição do quadro técnico, o superintendente da PR-4, Roberto Gambine, informou que, apesar de o Núcleo não ter recebido nenhum funcionário administrativo nas vagas que foram abertas pelo MEC em 2003, dois novos servidores foram contratados recentemente: Marcelo Cruz e Rodolfo Bezerra.

A carência de material permanente foi outro problema apontado pelos representantes do NPPN. O superintendente da SG-6, Milton Flores, afirmou que a UFRJ não possui reserva para compra desse tipo de material. Luiz Monteiro, da PR-2, solicitou um pedido formal do Núcleo com as especificações das necessidades.

Sônia definiu como essencial a aplicação de exames de avaliação preventivos nos funcionários que trabalham em áreas insalubres. Gambine afirmou que a Seção de Saúde e Segurança do Trabalho coordenada pela PR-4 não possui pessoal e infra-estrutura necessários para a atuação adequada. O prefeito explicou os objetivos e citou as dificuldades do SISOSP, Sistema Integrado de Saúde Ocupacional do Servidor Público. Hélio de Mattos sugeriu a inserção de disciplinas em segurança laboratorial nos cursos de graduação.

Ao final do encontro, a professora mais antiga em exercício no NPPN, Maria Auxiliadora Kaplan, entregou flores à vice-reitora.

 

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