Saúde em Foco |
27.10.2005
|
Comissão
de saúde faz nova vistoria no Souza Aguiar Desde agosto todos os pedidos de remédio encaminhados pela direção do Souza Aguiar à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) foram negados. Representantes da comissão de saúde fizeram imagens na segunda-feira, durante uma vistoria, que mostram as prateleiras da farmácia vazias. Segundo o presidente da Comissão de Saúde da Alerj, deputado Paulo Pinheiro (PPS-RJ), três cirurgias foram canceladas e oito pacientes transferidos por causa da falta de antibióticos: - Os médicos da neurocirurgia e da ortopedia não concordaram em operar sem os antibióticos para garantir a vida dos pacientes - afirmou. Na entrada do Hospital Souza Aguiar, uma mulher que chorava de dor disse que não conseguiu atendimento: - Não tem médico para me atender nesse lugar. Vou ficar com dor aqui? Não fico. Mas a paciente desmaiou na rua e foi levada de volta à emergência em cima de um carrinho emprestado por um camelô, com a ajuda de um médico do hospital. Um rapaz, que também chegou passando mal no Souza Aguiar, precisou ser carregado pelos colegas de trabalho. - Estamos sem maca e sem cadeira - admitiu um segurança do Souza Aguiar. A Secretaria Municipal de Saúde informou que enviou uma equipe da própria secretaria para atuar em conjunto com a administração do hospital. Segundo a secretaria, as dificuldades foram causadas pela descentralização financeira das unidades de saúde. Sobre a falta de medicamentos, a prefeitura admitiu que há desabastecimento e explicou que um problema burocrático com os fornecedores teria atrasado a entrega dos produtos. A secretaria informou que até o fim desta semana o fornecimento estará normalizado. A falta de pelo menos
300 tipos de medicamentos levou os médicos do Souza Aguiar a suspender
parte do atendimento a partir desta terça. Somente os pacientes
em estado grave são recebidos na unidade, que cancelou todas as
cirurgias eletivas até que o abastecimento de remédios seja
normalizado pela prefeitura. Além de decidir atender apenas pacientes
em situação grave, os médicos pediram aos profissionais
do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu)
que evitem levar doentes para o Souza Aguiar. Caso o impasse persista,
os deputados da comissão de saúde da Alerj vão pedir
ao Ministério Público estadual que entre com uma ação
contra a prefeitura. |
Notícias
anteriores: • 20/10/2005 - Governo já prepara plano emergencial contra gripe • 13/10/2005 - Bebês testarão células-tronco • 29/09/2005 - Alunos carentes receberão R$ 300 para se manter na Universidade |