Microscópio
27.10.2005
Inauguração da Sala de Leitura Millôr Fernandes
Por Vanessa Souza

O Programa de Humanização do Hospital Clementino Fraga Filho deu mais um passo rumo a melhoria da qualidade de vida dos internos – a inauguração da Sala de Leitura Millôr Fernandes. Com mais de 500 títulos distribuídos em variados assuntos, a Sala de Leitura foi recebida com festa por pacientes, acompanhantes e funcionários do hospital.

Durante a solenidade de inauguração, o diretor do Hospital, doutor Silvio Martins, parabenizou a equipe do Programa e entregou mais três livros para a coleção, doada pela White Martins em parcerias com o Grupo Editorial Record e com Instituto Oldemburg de Desenvolvimento.

Ex-interno do Hospital, o Sr. Carlos Fernandes, fez questão de comparecer a solenidade e expressar sua imensa satisfação pela conquista: “Hospital não é prisão! Não adianta cuidar apenas das doenças dos internos num ambiente tão carregado quanto este. A Sala de Leitura é um ótimo meio para distrair e tornar menos doloroso o dia-a-dia dos enfermos e seus acompanhantes”.

Em entrevista concedida ao “Olhar Vital”, a coordenadora da Comissão das Políticas Institucionais de Valorização e Humanização do Cliente, Maria da Conceição Buarque, afirmou que os pacientes em tratamento no HU devem ter assegurado alguns direitos básicos como: atendimento digno e respeitoso, avaliação do seu estado emocional, acesso a informações sobre o seu estado de saúde, garantia de comunicação com o meio exterior, entre outros.

“Nosso trabalho visa à construção da cidadania, principalmente na área da saúde. Tem como objetivo discutir interações de humanização sob vários aspectos e segmentos dentro da instituição. Isso vai desde o acesso a informações adequadas, conhecimento dos seus direitos, até uma Sala de Leitura, ouvir uma música, ver um filme, ter os seus exames marcados, não enfrentar filas demais, ser tratado com dignidade e atenção, isso é humanização. O que nós estamos inaugurando hoje, é uma face da humanização”.

O Programa de Humanização conta com a participação de Organizações Não-Governamentais atuantes dentro do HU e alunos de graduação das diferentes áreas do conhecimento. De acordo com a Coordenadora do Centro Cultural do HU, Eliana Gestera, o Programa Humanização oferece um espaço para que estudantes de áreas humanas trabalhem dentro de um hospital, na área médica.

“O Centro Cultura organiza e coordena as atividades que envolvem arte e cultura. Nós fazemos exposições de arte, de artesanato, karaokê, ou seja, variadas atividades que visam desenvolver a educação e a cultura, além de propiciar mais alegria a rotina do Hospital. A grande força da arte é fazer uma ponte entre o hospital e a vida”.

Segundo Regina Chaves, coordenadora do Programa de Humanização, “essas políticas significam tudo o que complementa o atendimento técnico e o atendimento assistencial a doença, considerando o ser humano na sua complexidade e considerando tudo o que afeta essas doenças, como os aspectos emocionais, os aspectos de autocuidado, vendo o indivíduo na sua condição mais ampla“.

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