Saúde&Prevenção

Osteoporose esfacelada
por Beatriz Padrão

A osteoporose é diagnosticada quando a densidade mineral óssea, ou massa óssea está 2,5 pontos abaixo do padrão normal de mulheres com 25 anos, estabelecido pela Organização Mundial de Saúde. Nesta fase o risco de fraturas espontâneas ou não traumáticas é alto. Esse tipo de trauma pode acontecer quando a pessoa cai da sua própria altura ou mesmo quando esbarra ou bate em algum objeto. Se a densidade estiver entre 1,5 e 2,5 menor, se caracteriza a osteopenia, que indica maior probabilidade para a osteoporose.

Existem dois tipos de osteoporose, a primária pode ser causada por predisposição genética ou queda de hormônios, e geralmente ocorre em0 mulheres na faixa dos 55 anos e em homens em torno de 65. Segundo o geriatra Carlos Paixão da UFRJ, é comprovado que mulheres têm o dobro de chances de apresentar a osteoporose.

A secundária ocorre em qualquer idade se a pessoa tiver sofrido alguns tipos de câncer, distúrbios da tireóide, retirado os ovários, ter tomado medicamentos para epilepsia, corticóides, eparina ou outros coagulantes. Qualquer tipo pode ser identificado por um exame parecido com o raio-X, chamado de densitometria óssea, que viabiliza a verificação da densidade. Doutor Carlos lembra que este procedimento não é de rotina e só deve ser recomendado para pacientes que apresentem risco de ter osteoporose.

O tratamento consiste em ingestão de vitamina D e uma média de 1500mg de cálcio, mais facilmente atingida na forma artificial. Também se recomenda prática de exercícios físicos, principalmente a musculação associada a atividades aeróbicas. “O cálcio participa da constituição da massa óssea e a vitamina D estimula a absorção desse mineral pelo intestino, além de inibir substâncias que fariam com que ele fosse excretado. A partir de 55 ou 60 anos a pele não consegue mais produzir a pró-vitamina D, daí a necessidade de reposição”, explicou doutor Carlos.

Entretanto, o mais recomendado é a prevenção. Deve-se evitar sedentarismo, o fumo, a cafeína e o álcool, porque inibem a osseossíntese, ou seja, a produção de massa óssea. O ideal é que jovens consumam 800mg de cálcio, que corresponde a quatro copos de leite, além de ficarem por 10 minutos ao sol, para ativar a produção de pró-vitamina D pela pele. Isso tudo, aliado a exercícios físicos poderá ajudar a atingir o pico de massa óssea, evitando que mais velhos adquiram a doença.