Há cerca de três meses, foi implantado o projeto piloto da Usina de Compostagem localizada na Prefeitura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Na usina em teste, a partir de resíduos vegetais e restos de alimentos, produz-se uma amostragem de adubo orgânico, destinado à criação e manutenção de jardins do campus da Ilha do Fundão.
O Projeto segue o “Modelo de sistema de gestão ambiental para unidades de triagem e compostagem do lixo urbano”, do engenheiro Vinicius Paiva Guedes, doutorando do Programa de Engenharia Civil do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (PEC/Coppe) e assessor de Engenharia Ambiental da Prefeitura da UFRJ.
Segundo Vinícius, a iniciativa do projeto surgiu no final de 2006, entre os professores Hélio de Mattos, prefeito da UFRJ, e Cláudio Mahler, coordenador da Pós-graduação do Centro de Tecnologia (CT/UFRJ). A idéia foi realizar um serviço de compostagem que aproveitasse a grande quantidade de resíduos provenientes da poda de grama no campus do Fundão.
- Adaptamos uma idéia inovadora, a “composteira”, que é feita a partir de latões soldados, reaproveitados, o que significa um custo praticamente zero para a Universidade. Essa está em fase de testes, e permite tratar resíduos de poda de grama junto aos resíduos alimentares (restos de comida) – explica Vinicius.
A “composteira”, equipamento utilizado na realização
do projeto, possui furos que permitem a entrada de oxigênio no composto
orgânico armazenado em seu interior, além de abas que também
auxiliam o processo de aeração. Tal processo consiste na oxidação
das substâncias orgânicas e respiração dos microorganismos,
que compõem a massa desse composto.
A unidade piloto, instalada no Horto da prefeitura, produz cerca de 200 kg
de composto por mês. O produto final é um adubo orgânico
rico em sais minerais, que servem de nutrientes para as raízes das
plantas, além de um condicionador de solo, uma vez que o húmus
contribui para o melhoramento das propriedades físico-químicas
inerentes a esse solo.
É importante ressaltar que outros doutorandos da UFRJ estão
pesquisando o composto orgânico resultante do projeto, a fim de desenvolver
novas aplicações para esse material. O uso do adubo na cobertura
de aterros sanitários, por exemplo, é uma solução
ou aplicação viável.