Saúde em Foco
04.05.2006

Lagoa rara é descoberta no Parque de Jurubatiba
Aos oito anos, unidade no Norte Fluminense ainda não conta com plano para disciplinar visitas e pesquisas científicas

Por Paulo Roberto Araújo

Ela é tão pequena que nem nome tem. Única no mundo, a lagoa que ganhou o apelido de Atoleiro, descoberta no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, no Norte Fluminense, será assunto de capa da revista inglesa Freshwater Biology, especializada em ecologia de lagos. Descoberta pelo professor Vinícius Fortes Farjalla, da UFRJ, a lagoa de cerca de dez metros quadrados é um dos poucos motivos para se comemorar hoje os oito anos de criação do parque, um patrimônio ecológico que ainda não tem sequer um plano de manejo para disciplinar a visitação e as pesquisas científicas. O Ibama, contudo, garante que o plano, em fase final, fica pronto ainda este ano.

Formada pela elevação do lençol freático, principalmente no período chuvoso, a Lagoa do Atoleiro é o corpo d’água com a maior concentração de carbono orgânico dissolvido já encontrado na Terra. Se ao longos dos anos a lagoa passar por um processo de clareamento da água , significa que alguma coisa estará acontecendo de errado nas altas camadas da atmosfera, que controlam a entrada da radiação ultravioleta no planeta.

-É um verdadeiro recorde mundial. São cerca de 160 miligramas de carbono por litro. Este carbono, de origem húmica, é semelhante ao húmus que colocam em hortas, porém na forma dissolvida. – explicou Farjalla, professor do Laboratório de Limnologia (estudo de lagos) do Departamento de Ecologia da UFRJ.

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O Globo - RJ
28-04-06
Rio
Página 25



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