Saúde e Prevenção |
13.04.2006
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Colesterol:
amigo ou inimigo do homem?
Por Mariana Elia O colesterol faz parte da bile, auxiliando na absorção de vitaminas e lipídios. Todas as células possuem a substância, usada para a síntese de hormônios corticóides e cortisonas, na origem da vitamina D, na produção de energia e para outras atividades. Dessa maneira, o professor afirma que “sem ele, nossa espécie não existiria”. O que acontece é que a gordura ingerida é absorvida no intestino, que vai oferecer energia ao organismo até chegar ao fígado. Nesse local, ela é colocada em um envoltório, fabricando primeiramente o VLDL (very low density lipoprotein). Lançado no sangue, ele perde gradativamente os triglicerídeos, formando, nesse momento, o IDL (intermediary density lipoprotein) e o LDL (low density lipoprotein). A questão é que nossas células trabalham em sistema não regulado, que significa o não controle da quantidade de substâncias que passam pela membrana. O HDL (high density lipoprotein) surge na função de retirar a gordura da célula, trazendo de volta ao fígado, enquanto que o LDL faz o oposto. Por conta disso, essas substâncias são erroneamente conhecidas por bom e mau colesterol respectivamente. O professor alerta para o absurdo, já que elas estão trabalhando, conjuntamente, para o bom funcionamento das células. O HDL, no entanto, é valorizado também pela sua ação antioxidante e antiinflamatória. Excesso Há sinais visíveis de aumento do colesterol quando há formação de uma espécie de “gelatina” nas pálpebras, bem o armazenamento da substância nos tendões. As artérias, contudo, são a maior preocupação, inclusive porque não são perceptíveis. O tratamento é feito primeiramente com a mudança na dieta. Maior quantidade de vegetais, que não possuem essa substância, e alimentos ricos em fibras solúveis são recomendados, uma vez que estas inibem a absorção da gordura. A avaliação do regime deve ser feita em seis semanas. Não havendo diminuição, o medicamento, normalmente estatinas, é prescrito. Há uma grande variedade de remédios e o efeito colateral não costuma aparecer, salvo algumas exceções como dor nos músculos e fígado. Até pouco tempo, o uso de estatinas era proibido para crianças, atualmente não é indicado a grávidas, a fim de evitar a má formação do feto. O professor lembra também que “não adianta nada se o paciente continuar a fumar. A lesão na artéria vai acontecer de qualquer maneira”. Da mesma forma, doenças como hipertensão arterial, diabetes ou hipertireoidismo, quando não tratadas, levam também ao desgaste. O principal, portanto é evitar a aterosclerose, doenças coronarianas e infarto. Em relação
aos alimentos tradicionais da Semana Santa, ainda que o chocolate esteja
de um lado, o azeite e o bacalhau do outro, o professor diz que não
há problema. “Se a pessoa mantém uma alimentação
razoável, não precisa deixar de comer seu chocolate na
Páscoa. É só ter bom senso, senão também
não se pode fazer mais nada”, recomenda.
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