Por uma boa causa
23.03.2006

Tratamento da dor : como chegar até ele?
por Mariana Elia

Essa pergunta é feita por muitos pacientes que sofrem qualquer tipo de dor, seja ela crônica ou não. O Programa de Tratamento de Dor e Cuidados Paliativos não trabalha com demanda espontânea, para chegar até ele, é necessária a indicação de um clínico, após avaliação prévia. Dessa maneira, não são recomendadas ao Programa pessoas que respondam aos tratamentos convencionais ou que não tenham procurado ajuda médica anteriormente.

A Clínica da Dor funciona dentro do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCCF) da UFRJ e os principais casos de dor crônica que atende são decorrentes de problemas de coluna. O maior número de encaminhamentos no âmbito das doenças graves, é o câncer. Os casos de cefaléia não são tão comuns, por haver no Hospital um centro que se dedica unicamente a esse estudo no setor de Neurologia.

A dor crônica se caracteriza por ter mais de seis meses de duração e não apresentar uma resposta aos tratamentos convencionais, como por exemplo, a dor fantasma, pós-amputação. A dor oncológica tem fatores de dor aguda, significativos de sintoma proveniente do próprio tumor.

- O câncer poderia ter uma repercussão menos dolorosa se o diagnóstico fosse feito com mais antecedência, o país ainda vai mal nesse assunto, pois em 70% das ocorrências, o diagnóstico é feito em fase mais avançada da doença. Nesses casos, o Programa também se preocupa com outros sintomas, como náuseas, cansaço, insônia e anorexia causados pelo tratamento da doença - lamenta Lílian Hennemann, coordenadora de ensino do Programa

Segundo ela, os pacientes de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) eram, em outros tempos, os que tinham maior índice de procura, mas felizmente, com os remédios, a doença ficou controlada. Agora, basicamente é o câncer. Antigamente, a AIDS era devastadora, hoje ela é considerada uma doença crônica.

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