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01.12.2005
II Seminário Conhecendo e Reconhecendo a Dança na UFRJ
Por Beatriz Padrão


O II Seminário Conhecendo e Reconhecendo a Dança na UFRJ que encerrou dia 25 de novembro, no Centro Coreográfico do Rio de Janeiro, agitou a Escola de Educação Física e Desportos durante as apresentações.

O principal objetivo foi reunir as produções acadêmicas promotoras de debates teóricos acerca das práticas corporais de criação, desenvolvidas nos programas de dança que integram o ensino de graduação, de pós-graduação e a extensão.

A idealizadora desses seminários, professora Katya Gualter, afirmou que estudantes de outros cursos, que estejam realizando trabalhos que dialoguem com algum aspecto da dança, também se inscreveram e se apresentaram. Além dos alunos, professores e funcionários participaram, como, técnicos de iluminação e coreógrafos que já estiveram expondo suas teses.

“Todo trabalho tem um professor orientador e o evento desperta o espírito científico nos participantes e no público”, disse a professora de Produção Cultural Eliane Souza, organizadora deste segundo módulo.

Katya Gualter acrescentou que as apresentações são espaços teóricos, onde se busca uma prática refletida. Além disso, incita o diálogo entre aluno e professor. “Por mais que o vídeo registre o movimento, a leitura deste é diferenciada na escrita. Usam-se palavras com reflexões críticas. É um desafio escrever sobre a dança e seus movimentos, teorizá-los”, disse Katya.

O evento é parte de um projeto, com a proposta de realizar, anualmente, seminários internos na EEFD. O I Seminário, também foi organizado em dois módulos e em períodos diferentes (2003 e 2004). Os trabalhos foram publicados em 3 mil Anais, com o apoio da Pró-reitoria de Graduação (PR-1), e distribuídos na maioria dos setores de ensino do Brasil.

Por esta grande distribuição, o I Seminário foi um marco histórico, que congregou pela primeira vez na UFRJ, as reflexões teóricas sobre movimentos corporais na dança.

“Após a realização dos seminários percebeu-se um grande aumento do número de alunos que optam pela monografia escrita e não em forma de espetáculo. Isso é uma vitória para nós”, concluiu Katya.

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