Saúde e Prevenção |
20.04.2006
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Não
dá pra segurar
Por Mariana Elia A perda involuntária de urina é uma condição desconfortável para o indivíduo, pois além dos constrangimentos sociais e da possível necessidade de usar absorventes ou fraldões, ela também contribui para o desenvolvimento de úlceras de decúbito e infecções vesicais. Os rins produzem a urina, a qual é levada pelos ureteres à bexiga. Quando esta é totalmente preenchida, estímulos são enviados ao cérebro para que a pessoa sinta necessidade de ir ao banheiro – desejo miccional-. Conscientemente, então, o músculo do esfíncter é comandado a relaxar e libera a saída para passagem da urina para uretra. O controle da micção pode ser afetado em diferentes etapas desse processo. As mulheres possuem mais fatores de predisposição por conta da maior incidência de infecções e da produção hormonal (estrogênio), sendo o período pós-menopausa o mais propício. A retroversão uterina é também um possível fator causador e, muitas vezes, “o diagnóstico equivocado dessa doença congênita é o maior agravante”, alerta a fisioterapeuta Roberta Mesquita do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho. O tabagismo também é desencadeador, uma vez que produz mais tosse, danificando as musculaturas vaginais e uretrais, e atua como anti-estrogênico. A prevenção pode ser feita principalmente em gestantes, através do fortalecimento da musculatura do sistema urinário. Isso é possível, entretanto, porque sabe-se que a futura mãe ganhará bastante peso. Outras incidências são dificilmente passíveis de prevenção. Os homens geralmente sofrem de incontinência quando passaram por cirurgia de remoção da próstata, a qual auxilia na sustentação dos órgãos anteriores. Outras incidências devem-se ao uso de medicamentos diuréticos ou razões de ordem psicológica. tipos diversos Os cones vaginais também são uma opção para mulheres”. Nesse tratamento, a paciente insere cones no interior da vagina e tenta permanecer com ele por algum tempo. Em seguida, ela deve ser capaz de expulsá-los com contrações e relaxamento dos músculos. A fisioterapeuta diz que “a cirurgia deve ser feita em último caso, como apicose dos órgãos – ausência total de sustentação dos órgãos”. É importante regular a micção em horários determinados para que a pessoa sinta a retomada de controle do sistema urinário e perca seu constrangimento em situações sociais.
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