Para fechar a última
edição sobre as doenças de pele no verão,
o Olhar Vital informará sobre a radiação
solar, seus perigos além de trazer dados sobre os diferentes tipos
de filtros e sua eficácia.
A radiação Ultravioleta UV penetra profundamente e desencadeia
reações imediatas como as queimaduras solares, as fotoalergias
e o bronzeamento. Sua ação profunda provoca reações
tardias, devido ao efeito acumulativo da radiação durante
a vida, causando o envelhecimento cutâneo e câncer da pele.
A UV que atinge a Terra se divide em radiação UVA e UVB.
A UVA é quantitativamente maior e possui intensidade constante
durante todos o ano, atingindo a pele praticamente da mesma forma durante
o inverno ou o verão. Também não varia muito ao
longo do dia, sendo pouco maior entre 10 e 16 horas que nos outros horários.
Penetra profundamente na pele, sendo a principal responsável
pelo fotoenvelhecimento. Tem importante participação nas
fotoalergias e também predispõe a pele ao surgimento do
câncer tipo melanoma. A UVA também está presente
nas câmaras de bronzeamento artificial, em doses até 10
vezes mais altas do que na radiação proveniente do sol.
A dra. Beatriz Trope,
dos erviço de dermatologia da UFRJ, explicou que a incidência
do UVB aumenta muito durante o verão, especialmente nos horários
entre 10 e 16 horas quando a intensidade dos raios atinge seu máximo.
Os raios deste tipo penetram superficialmente e causam as queimaduras
solares. São os principais responsáveis pelo risco do
câncer basocelular e ao espinocelular.
“Como somente os raios UVB causam as queimaduras solares o fato
de não ter ficado vermelha, não significa que a pele não
tenha sofrido a ação danosa da radiação
UV, porque o UVA não causa queimaduras, mas danifica a pele.
Aquele sol de inverno que parece não causar problemas, na verdade
também está prejudicando a pele e favorecendo, principalmente,
o seu envelhecimento, da mesma forma que as câmaras de bronzeamento
artificiais”, alertou Beatriz.
Todo filtro solar tem um número que determina o seu Fator de
Proteção Solar, que pode variar de 2 a 60. O FPS mede
a proteção contra os raios UVB, mas não contra
os raios UVA. Este valor numérico indica que quantidade de tempo
a pele quantas vezes mais tempo a pele irá levar para ficar queimada,
como o FPS 15, a pele demora 15 vezes mais para ficar vermelha.
Todos acreditam que após o FPS 15, os filtros são iguais,
entretanto isto é um mito. A professora Beatriz esclareceu que
o aumento do FPS, a partir do 15, acrescenta pouco o bloqueio destes
raios. No entanto, o tempo em que o filtro solar continuará a
absorver os raios UV será maior quanto maior for o FPS, diminuindo
a freqüência da reaplicação. O que deve ser
avaliado também é o custo benefício, pois o preço
se eleva muito mais que a proteção.
Vale ressaltar que o fator mínimo para uma proteção
adequada é o FPS 15, devendo aplicar o filtro generosamente sempre
20 a 30 minutos antes de se expor ao sol e reaplicá-lo a cada
2 horas.
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Entenda os tipos de filtro solar *
A linguagem dos rótulos dos filtros podem deixar o consumidor
confuso na hora da escolha. Aprenda abaixo o que significam os termos
mais freqüentes e escolha aqueles mais indicados para seu tipo
de pele:
• Anti UVA e UVB: filtros que protegem contra
os raios ultravioleta A e ultravioleta B.
• Hipoalergênico: utiliza substâncias
que geralmente não provocam alergias.
• Livre de PABA ou PABA Free: filtros
que não contém a substância PABA, que tem alto
poder alergênico.
• Livre de óleo ou oil free:
filtros cujos veículos não contém substâncias
oleosas. São os mais indicados para pessoas de pele oleosa
ou com tendência à formação de cravos
e espinhas.
• Não comedogênico: filtros
que não obstruem os poros, evitando assim a formação
de cravos. São também indicados para pessoas de pele
oleosa e com tendência à formação de
cravos e espinhas.
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