Por uma boa causa
24.11.2005

Doenças de pele: manchas perigosas
por Beatriz Padrão

O câncer de pele se caracteriza pelo crescimento anormal e descontrolado das células da pele. É desencadeado pela radiação ultravioleta, presente nas cabines de bronzeamento artificial e nos raios solares. Aparece com mais freqüência em pessoas de pele clara e sensível, mas morenos e negros também podem ser vítimas. As células cancerígenas podem formar camadas diferenciadas, que vai determinar qual o tipo de câncer. No Brasil o mais comum é o basocelular que representa 70% dos casos, também existem o espinocelular e o melanoma.

O carcinoma basocelular é mais comum após os 40 anos, em pessoas de pele clara. Seu aparecimento está relacionado à exposição solar acumulativa durante a vida. Não causa metástase, ou seja, não se espalha para outros órgãos. Entretanto, pode destruir os tecidos à sua volta, atingindo até cartilagens e ossos.

Já o espinocelular pode se disseminar por meio de gânglios e provocar metástase. Também está ligado ao tabagismo, exposição a substâncias químicas com arsênio e alcatrão e alterações na imunidade. E o melanoma é o tipo mais perigoso, com alto potencial de metástase. Está mais relacionado ao fator genético. Pode levar à morte se não houver diagnóstico e tratamento precoce. Normalmente, inicia-se com uma pinta escura.

A dermatologista do serviço de Dermatologia, Beatriz Trope, alerta que este tipo de câncer é de fácil detecção, mas pode não apresentar sintomas de dor ou sangramento. Somente um médico poderá fazer um diagnóstico preciso. Quem tem história prévia ou familiar deve, além de fazer acompanhamento médico duas vezes ao ano, deve estar atento a alguns sinais:

  • Um crescimento na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida;
  • Uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;
  • Uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.

ASSIMETRIA BORDA


COR DIMENSÃO


Fonte:www.sbd.org.br


O tratamento mais comum é uma intervenção cirúrgica. O número de sessões vai variar de acordo com a gravidade da lesão. Também podem ser usadas a destruição com substâncias químicas; a crioterapia (nitrogênio líquido); imunoterapia e, raramente, a radio e a quimioterapia.

A dermatologista Beatriz lembra que dia 10 de dezembro, será lançada uma campanha nacional, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, de conscientização, esclarecimento, detecção e tratamento do câncer de pele. O evento ocorrerá de 8 às 15h. nas cidades de Manaus, Niterói, Fortaleza, Maceió, Rio de Janeiro, Salvador, Macapá e Porto Velho.

Serão montados postos de atendimento à população em locais estratégicos como a Cinelândia e o Hospital Universitário do Fundão que fará o atendimento no ambulatório do 1o andar, onde os pacientes com suspeita de câncer serão agendados para o acompanhamento necessário.
A responsável pelo gerenciamento da campanha no HU é a doutora Cleide Eiko Ishida.


As medidas preventivas são semelhantes às tomadas contra queimaduras, e estão descritas na matéria da semana anterior desta mesma editoria.
O link é: http://www.olharvital.ufrj.br/ant/2005_11_17/index.html


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