Anencefalia
Parabenizo, primeiramente, a iniciativa de um jornal virtual para o CCS.
São de grande proveito as informações sobre o que
acontece e como é este ambiente de saber.
Sobre o artigo com duas opiniões sobre a questão da anencefalia,
questiono a isenção da editoria ao escolher dois profissionais
com a mesma opinião sobre o tema, sem dar ao público a chance
de conhecer e refletir sobre um lado contrário, de modo que possa,
livremente, tomar conhecimento da verdade. A equipe esquece que ao divulgar
notícias sobre o CCS, com o aval e financiamento da Reitoria -
ou seja, com o voto dos que estudam e trabalham na UFRJ e com o dinheiro
do imposto dos cidadãos do país - representa quem dele faz
parte. Se apenas alguns têm espaço para a expressão,
não há legítima representação, não
há democracia, não há efetiva liberdade e respeito
de opinião.
Sobre a polêmica, há evidências científicas
que contrariam a afirmativa de que o feto anencéfalo seja um natimorto.
Por mais limitado que seja, estando vivo, qualquer ser humano possui o
direito de ter esta vida inviolada. O direito da mulher sobre o seu corpo
não pode ultrapassar o direito de outra pessoa de viver.
Cassiano Mendes Franco
Estudante de Medicina
N.R.: Você
tem toda razão ao exigir opiniões contrárias na editoria
"Faces e Interfaces". Este é nosso objetivo, porém
por ser esse um assunto polêmico e delicado não foi possível
localizar um especialista com opinião contrária a dos entrevistados
num espaço curto espaço de tempo que temos para fechar a
edição. Desde já agradeço sua opinião
e aceito sugestões.
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