Você já reparou que o número de pessoas obesas tem
crescido muito e a obesidade não é uma exclusividade dos
adultos. Apesar de muitos pais acharem bonitinho as crianças gordinhas,
a nutricionista do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão
Gesteira, não é sinônimo de saúde e que crianças
também podem apresentar colesterol alto, fato que aumenta os riscos
de doenças do coração.
As principais razões da incidência desta doença em
jovens estão relacionadas não só ao grande consumo
de fast-food, mas também ao medo da violência que impedem
as brincadeiras infantis de rua e ao computador. "A criança
deixa de gastar energia porque passa de 3 a 5 horas diárias jogando
no PC ou no vídeo game", acrescentou Sandra.
Existem três níveis de obesidade: a leve, a moderada e a
grave; já o cálculo do peso ideal e da quantidade máxima
de calorias diárias de cada um, é calculado de acordo com
a idade e a altura. A nutricionista explicou que a dieta infantil é
uma reeducação alimentar acompanhada, pois além de
emagrecer deve-se continuar a promover o crescimento. Ela confirma que
não existe alimentação equilibrada sem a ingestão
de frutas, legumes e verduras, e para conseguir convencer a incluir esses
itens no cardápio ela sugere diferentes modos de preparo. A adesão
e a fidelidade ao tratamento são mais recorrentes quando já
ocorre um preconceito, quando na escola, por exemplo, os colegas passam
a apelidar de "baleia" ou "rolha de poço".
Sandra ressaltou que é muito comum os pais de uma criança
obesa também apresentarem o problema. Então, o tratamento
atinge toda família, se esta não apoiar é quase impossível
obter sucesso. Existe uma preocupação até com a quantidade
de latas de óleo que se gasta por mês. Depois de corrigir
os hábitos alimentares, incentiva-se a prática diária
de exercício físico, com duração de no mínimo
30 minutos. Pode ser até uma caminhada, mas a atividade mais indicada
é o esporte, principalmente a natação.
Atualmente, nas escolas públicas a lei garante o funcionamento
exclusivo de cantinas saudáveis. Sandra Helena defende que esta
regulamentação se amplie para as particulares ou que o ato
de se premiar os alunos que levam lanches de casa, já feito por
algumas instituições, se dissemine. Essas seriam medidas
que poderiam reverter o aumento da obesidade infantil, que pode vir a
se tornar a doença do século, completa Sandra.
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