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CENTRO
DISPENSARÁ ENVIO DE MATERIAL AO EXTERIOR
O
Brasil terá um laboratório de saúde pública
que viabilizará a investigação de epidemias sem necessidade
de envio de material ao exterior. "Isso é necessário
para que se consiga elucidar rapidamente o que está ocorrendo caso
surja alguma doença emergente, alguma doença nova, e a população
fique tranqüila", disse ontem o secretário de Vigilância
em Saúde, Jarbas Barbosa.
O laboratório é uma continuação do projeto
de vigilância ambiental e epidemiológica chamado Vigilância
em Saúde (Vigisus II), que recebeu a adesão de 22 estados,
além do Distrito Federal. Estados e municípios receberão
US$ 200 milhões nesta segunda etapa do projeto, dinheiro obtido
por meio de empréstimo com o Banco Mundial (Bird).
"Queremos fazer um laboratório de padrão internacional
para que o Brasil tenha completa autonomia e a gente não precise,
no caso de uma doença desconhecida, mandar material para fora do
país e ficar na fila esperando para que o problema seja solucionado".
O laboratório nacional terá sede em Brasília e vai
atuar como coordenador nacional da rede de laboratórios públicos
brasileiros. No local, serão feitos exames altamente especializados,
que hoje têm de ser enviados para fora do país.
O custo total do laboratório está estimado em R$ 20 milhões.
Segundo o secretário, a licitação para escolha do
projeto será realizada no mês de julho e a licitação
para o início das obras, no mês de dezembro. As primeiras
operações do laboratório devem ter início
em 2007 ou 2008.
Secretário estaduais e municipais de saúde se reuniram ontem,
em Brasília, para a ssinatura do termo de adesão ao projeto
Vigisus II. Os recursos servirão para apoiar as ações
de vigilância epidemiológica, prevenção e controle
de doenças transmissíveis e não- transmissíveis,
vigilância ambiental em saúde e para o fortalecimento institucional
da capacidade de gestão em vigilância em saúde nos
Estados e municípios. O projeto também prevê a capacitação
de recursos humanos, a melhoria dos laboratórios estaduais e a
compra de equipamentos, veículos e bombas de inceticida.
Até o final deste mês será repassada diretamente aos
fundos estaduais e municipais de saúde a primeira parcela dos UR$
200 milhões destinados à segunda fase do projeto, no valor
total de R$ 6,75 milhões. A segunda parcela, de R$ 10,1 milhões,
será creditada em agosto e a terceira, no valor de R$ 4,9 milhões,
em novembro. O restante dos recursos será repassado até
2008, quando termina a segunda fase do Vigisus.
ESTADOS E MUNICÍOS RECEBERÃO R$ 170 MILHÕES
Do valor total, R$ 170 milhões vão diretamente para
os Estados e municípios durante o período previsto para
a execução do projeto, de 2005 à 2008. O repasse
do restante dos recursos poderá variar de acordo com o cumprimento
de metas estabelecidas pelo inistério da saúde.
"Acertamos com os Estados um conjunto de indicadores que eles têm
que melhorar. Na metade do período de 2 anos, a gente avalia os
indicadores. Quem estiver acima da média vai passar a receber um
bônus de 10% a mais do dinheiro, quem estiver abaixo da média
vai ter 10% retirado", explicou o secretário de Vigilância
em Saúde, Jarbas Barbosa.
Na opinião do ministro da Saúde, Humberto Costa, essa é
uma forma avançada de repasse dos recursos, que poderá inclusive
servir para outras ações na área de saúde.
"Nós vamos trabalhar com indicadores, com metas a serem cumpridas,
inclusive com incentivos àqueles que cumprirem definitivamente
as metas e as responsabilidades que lhes forem atribuídas por esse
pacto", disse o ministro.
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