• Edição 268
  • 1 de setembro de 2011

Notícias da Semana

Aula Inaugural da Escola de Enfermagem

Rafael Gonzaga

Com o Auditório Rodolpho Paulo Rocco (Quinhentão) repleto de estudantes, como os entusiasmados alunos do último período, além de membros do corpo docente, ocorreu, nessa terça-feira (30/08), a Aula Inaugural da Escola de Enfermagem Anna Nery, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EEAN-UFRJ). O evento contou com a participação da professora Maria Amélia de Campos, chefe do Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP).

A diretora da EEAN, professora Neide Aparecida Alvim, direcionou sua mensagem de abertura aos alunos que estavam ingressando na UFRJ e citou os alunos que estavam no último período marcando presença na Aula Inaugural, de acordo com a tradição da EEAN. “Eu gostaria que as manifestações, já vistas por todos nós, de alegria dos nossos formandos contagiem vocês, novos alunos. Essa alegria é fruto dos quatro anos que foram passados aqui na Escola de Enfermagem.”

Como é tradição, a Aula Inaugural teve início com o ritual do acendimento da lâmpada, realizado pela própria convidada, professora Maria Amélia. O tema da palestra ministrada por ela foi “Necessidade de Saúde: a Centralidade do Conceito nas Práticas de Enfermagem”. O tema foi escolhido, inclusive, por agregar temáticas envolvidas na reforma curricular.

Explicando de forma didática e agradável, a professora Maria Amélia falou da professora Wanda Horta, uma das primeiras teoristas da  área, cujos trabalhos   explicam a natureza da enfermagem, definem seu campo de ação e a metodologia para embasar sua prática. A palestrante falou, também, inter-relacionando os assuntos sempre, do psicólogo norte-americano de visão humanista Abraham Maslow, que acreditava na fundamentação de uma escala de necessidades humanas.

De acordo com a professora Maria Amélia, graças ao que tinha dito Maslow, a professora Wanda Horta pôde formular o primeiro conceito de Enfermagem, dizendo que “ciência é a arte de assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas”, e, mais do que isso, “assistir em enfermagem é fazer pelo ser humano aquilo que ele não pode fazer por si mesmo.” A professora prosseguiu falando também sobre a teoria das necessidades humanas de Heller,  teórica húngara marxista.


Fazendo uma reflexão sobre o papel do trabalho da enfermagem e a função de sua existência, a professora Maria Amélia debateu o assunto com professores e alunos, e se mostrou feliz ao encerrar sua palestra da Aula Inaugural com tantos formandos e calouros ocupando o auditório: “Essa é a renovação que mantém a chama acesa”.