• Edição 214
  • 06 de maio de 2010

Cidade Universitária

Internet dez vezes mais rápida no Centro de Ciências da Saúde

Unidades devem adaptar suas redes para aproveitar benefício gerado pela conexão com fibra óptica

Thiago Etchatz

Foto: Agência UFRJ de Notícias
Maurício José Tecles, responsável pela rede de internet do IBCCF

Desde julho de 2009, o Centro de Ciências da Saúdes (CCS) da UFRJ possui moderna aparelhagem para a conexão de internet de suas unidades. O TCA, roteador central que concentra toda a comunicação de rede do CCS e distribui a conexão de internet pelas unidades, está equipado com cabos de fibra óptica. Deste modo, a ligação de internet ganhou folga para a distribuição, se tornou mais segura e dez vezes mais rápida. Entretanto, para que todas as unidades desfrutem desta nova tecnologia, é necessário adaptarem suas redes locais.  

De acordo com Maurício José Tecles, responsável pela rede de internet do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF) da UFRJ, em 1994 o CCS teve sua primeira conexão com a internet. “Uma linha telefônica ligada ao Núcleo de Computação Eletrônica (NCE/UFRJ) e assim com a internet”, relata Maurício. No entanto, desde meados dos anos 1990 o CCS cresceu enormemente, até com a criação de novas unidades, e a infra-estrutura de comunicação não acompanhou esse ritmo. 

Até que em julho de 2004 a Rede nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) doou um cabo (externo) de fibra óptica de 72 fibras para ligar o NCE ao CCS. Além de cabos internos para conectar o Instituto de Biofísica ao TCA do CCS, onde se concentram as ligações do centro com o restante da rede da universidade.  

- A ligação (da internet) é feita nos centros no que chamamos de ponto de presença, onde entra o cabo de comunicação do prédio. Esse local é o TCA, que fica no subsolo do prédio do CCS. O TCA concentra toda a comunicação de rede do CCS que se liga com toda a infra-estrutura de rede da universidade. Dele saem outros cabos de fibra óptica, internos, que se ligam aos TCB’s e as redes que se ligam nos blocos. Cada bloco do CCS possui um TCB – explica Tecles.  

Com a obra de infra-estrutura para a construção do Restaurante Universitário (“Bandejão”), ao lado da Escola de Educação Física e Desportos, foi montada a estrutura necessária para a instalação do cabo externo de fibra óptica. Em outubro de 2008 a estrutura estava pronta e em julho de 2009 foi instalada a nova fibra óptica.   

- A taxa de comunicação com a internet melhorou muito. Até a ligação dessa fibra nova nós tínhamos uma ligação já estrangulada com o crescimento das redes. O benefício direto foi o alívio que se trouxe da comunicação dos usuários do CCS com a internet. Eu acredito que o aumento da velocidade da conexão está numa ordem de grandeza de 10 vezes mais rápida, ou mais. Temos uma conexão mais rápida e segura – avalia o responsável pela rede do IBCCF.  

Adaptação das redes locais 

Segundo Maurício José,  alguns usuários da internet do CCS ainda não desfrutam da tecnologia já disponibilizada. “Há tecnologia de ponta para o bom funcionamento das conexões de internet no CCS, resta às unidades se organizarem vislumbrando a adequação de suas redes. Algumas redes não estão com a tecnologia adequada, devido a uma questão de gargalo local não sentiram o benefício. Na rede da biofísica, já adaptada, essa melhora foi muito clara”, afirma. Para desfrutar da conexão com a fibra óptica é necessário ter uma rede que seja compatível com o novo sistema. 

Tecles orienta que as unidades do CCS façam projetos para a adequação de suas redes. “O primeiro passo para cada unidade é mapear a sua rede e a definir suas necessidades. Esses projetos devem ser baseados em especialistas, sejam do NCE ou não, e devem ser encaminhados para projetos de infra-estrutura da FAPERJ, entre outros. Afinal, isso é claramente uma questão de infra-estrutura de comunicação”, salienta.  

Por fim, Maurício Tecles conclui que “há custos, que não são baixos para a adaptação das redes locais, porém a relação custo-benefício vale. Uma vez que se montam os equipamentos novos dentro das normas, você minimiza os problemas a quase zero. A tecnologia avança rapidamente, não podemos ficar como ficamos de 1994 a 2009 usando o mesmo equipamento, 14 anos na velocidade da tecnologia é muito tempo”.