Agência de Notícias da UFRJ www.olharvital.ufrj.br
Edição 270
29 de setembro de 2011

Notícias da Semana

Curso de Libras é aprovado por unanimidade na Faculdade Letras

Matheus Paiva

“A importância da gastronomia para o turismo” foi um dos temas discutidos no primeiro dia do “II Fórum Gastronomia, Saúde e Sociedade: Gastronomia e Turismo” realizado nesta quinta-feira (15/09). O evento contou com a participação do chef Roland Villard, do restaurante Le Pre Catelan, no hotel Sofitel. O congressista, no Brasil desde 1997, é uma das autoridades em alta gastronomia francesa no país. Com mais de trinta anos de experiência, o chef Roland Villard possui diversos prêmios e distinções de vários quilates, entre os quais podemos destacar o fato de ser o único chef na América Latina a integrar a Academia de Culinária Francesa.

Com a mediação da professora Nilma Morcef, coordenadora do curso de Gastrononia da UFRJ, o evento tinha como objetivo principal a promoção da reunião e do diálogo entre professores, alunos e profissionais para estabelecer uma discussão e reflexão acerca de temas relacionados à gastronomia na contemporaneidade, suas interfaces com a sociedade e na promoção da saúde.

A palestra do chef Roland tratou, entre outros assuntos que se desenrolaram de forma agradável e descontraída, da hierarquia na cozinha profissional. Explicou que um chef de cozinha é quem dirige uma cozinha e possui sua equipe, um chef executivo coordena mais de uma cozinha dentro de uma mesma empresa e pode inclusive supervisionar outros chefs. “Já um corporate chef é quem tem a responsabilidade por vários chefs executivos. Um chef de cozinha é um líder”, deixou bem claro o palestrante enquanto explicava que a diferença entre um cozinheiro e um chef de cozinha reside exatamente nessa capacidade de liderança.

Outro ponto interessante do evento foi o decorrer da ideia da superação na profissão: “Vale a pena sempre transformar um problema em uma oportunidade. Na história, falando de receitas, algumas vezes vemos que elas só foram criadas porque o acaso fez com que a pessoa tivesse que mudar algum ingrediente, algum produto. Devemos enxergar sempre a possibilidade da oportunidade”, declarou o chef.



Especialistas debatem futuro da energia eólica

Guido Arosa

Por seu clima e terrenos propícios, a região Nordeste é considerada a de maior potencial em geração de energia eólica, matriz energética gerada a partir da força dos ventos, vantajosa por seu potencial não poluente. Segundo palestra do professor Dorel Ramos, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), realizada na Casa da Ciência da UFRJ, a região Sul chega a importar energia da região.

O docente esteve no workshop “Políticas estratégicas de inovação e desenvolvimento tecnológico em energia eólica”, promovido pelo Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel), ligado ao Instituto de Economia (IE) da UFRJ. O evento, que ocorreu na última terça-feira (27/9), reuniu empresários do setor e especialistas de universidades como USP, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), instituições como Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), para discutir as perspectivas da indústria eólica em benefício do Brasil e na geração de receita.

Para Dorel Ramos, um dos problemas gerados pela capacidade nordestina é a grande valorização dos investimentos na região, em detrimento das demais. “O custo de implementação de uma eólica no Sul pode ser mais caro, mas se investido não se gastará em importação”, explicou o docente. O professor acredita que caso a realização de leilões de concessão de investimento se descentralizasse, auxiliaria no desenvolvimento industrial de cada região.

Tadeu Matheus, gerente de suporte técnico da empresa de energia eólica Wobben Windpower, ressalta que cada vez mais o Brasil está produzindo seu próprio material no setor, evitando o mercado externo. “Estamos interessados em novas linhas de desenvolvimento do produto nacional e do estudo do vento, além de ajudar na participação da eólica no mercado livre”, afirmou.

No mundo, 7,2% do total de energia gerada é eólica. Considerada uma fonte de energia mais segura e menos poluente, ainda é pouco investida no país, por ser supostamente cara e de pouco retorno energético. No entanto, alguns especialistas afirmam que é uma das melhores opções para o esgotamento dos combustíveis fósseis e da instabilidade das usinas nucleares.



Anteriores