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Edição 249
18 de fevereiro de 2011

Microscópio

Simpósio promove descentralização do conhecimento em Biologia Celular


Luana Severiano

Em 23 e 24 de março, a Sociedade Brasileira de Biologia e o Programa de Pós-Graduação em Ciências Morfológicas do Instituto de Ciências Biológicas da UFRJ promovem o primeiro Simpósio Fronteiras em Biologia Celular. O evento ocorre no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em Macaé. O Objetivo é contribuir para a difusão dos conhecimentos de Biologia Celular no interior do Brasil.

“Tudo começou com a iniciativa de interiorização do que chamamos de temática da Biologia Celular”, explica a professora Flávia Carvalho Alcântara, uma das coordenadoras do evento. Segundo ela, a ideia central do evento é levar a Biologia Celular para campi que estão fora da cidade Rio de Janeiro, polos em desenvolvimentos, ainda não avançados na temática.    

Esse simpósio também nasceu de projetos de pesquisas que já existem em colaboração com pessoas do campus da UFRJ em Macaé, conta Flávia. “Temos um grupo de docentes do ICB, localizado em Macaé. A ideia também teve origem nesse convênio”. O nome “Simpósio Fronteiras da Biologia Celular” leva em consideração dois aspectos: a tentativa de ultrapassar fronteiras físicas do conhecimento e o fato dessa ciência ser base para outras, estar na fronteira.

A Biologia Celular é o estudo da célula (unidade, não só do corpo humano, como de todos os seres vivos) e é a base para se entender tanto a fisiologia do corpo humano, como as disfunções, explica a Flávia Gomes, que também é uma das diretoras da Sociedade Brasileira de Biologia. “Assim, para entender as doenças, como elas são formadas, temos que entender como as células funcionam”, ressalta.

Do ponto de vista do avanço científico, afirma Flávia, os benefícios são enormes: “alunos da graduação vão ter acesso a linhas de pesquisas de ponta, desenvolvidas não só na cidade do Rio de Janeiro, como Campinas, Minas Gerais, já que pesquisadores de outras regiões do estado comparecerão ao evento. Além disso, os alunos terão a oportunidade de desenvolvê-las em Macaé, criando novos núcleos de pesquisa nessa cidade”.

Outro detalhe extremamente importante, continua a professora, é que vai haver uma atividade com escolas de ensino médio e fundamental, em Macaé. O objetivo dessa iniciativa é estimular o interesse em alunos e professores dos ensinos fundamental e médio por ciência, pesquisa e pela profissão de cientista. “Acho que isso, do ponto de vista de crescimento profissional e de incentivo ao ensino básico, é fantástico”, opina Flávia.

O evento
Como o próprio nome “Simpósio Fronteiras em Biologia Celular” insinua, não é um evento voltado para um tema específico (neurologia, coração ou rim). A base dele é a Biologia Celular, mas durante o evento diversos pesquisadores vão falar de como o estudo da Biologia Celular se aplica dentro da sua área, em diferentes sistemas do corpo humano e modelos experimentais.

O simpósio ocorre durante a tarde de 23 e a manhã de 24 de março. Docentes e pesquisadores de várias instituições, não só da UFRJ, comparecerão e apresentarão suas linhas de pesquisa, em conferências de 20 min a 30 min, com 10 min de discussão com o público.

No meio da tarde de quarta e da manhã de quinta, dois pesquisadores se ausentarão e, junto com a equipe de Macaé, vão participar da conversa com as escolas. E, para incentivar a interação dos pesquisadores como os alunos de graduação da UFRJ de Macaé, haverá dois momentos de descontração e conversa científica.
 
Além disso, haverá uma seção de pôsteres, momento em que alunos que desenvolvem pesquisa, em Macaé e no Rio de Janeiro, vão apresentar seus trabalhos para todos os participantes do evento. “Apesar do pouco tempo, o objetivo é que haja uma interação social e científica entre todos os participantes”, declara Flávia Gomes. Para saber sobre as demais conferências, veja a programação do evento.

Próximas edições
Outras edições já estão sendo planejadas. A expectativa é realizar, através da Sociedade Brasileira de Biologia, três edições por ano, isto é, mais duas: uma em Maringá (Paraná) e a outra, provavelmente, em Fortaleza.

Associado a essa iniciativa, o Programa em Ciência Morfológica (PCM) da UFRJ tem organizado, com certa frequência, cursos fora do Rio de Janeiro. Em dezembro e janeiro passados, em Fortaleza, foi realizado um Simpósio sobre a Biologia do Desenvolvimento. De Fortaleza, esse o grupo migrou para Teresina. Para esse ano a expectativa é que haja.     

 

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