• Edição 130
  • 12 de junho de 2008

Saúde em Foco

Estudo indica que 40% dos portadores de apnéia do sono são diabéticos



Doenças causam enormes prejuízos não só à saúde como também à economia global. Dormir mal pode induzir a obesidade, um dos fatores de risco do diabetes.


Luís Fernando Correia

A Federação Internacional de Diabetes, durante o Congresso da Associação Americana de Diabetes apresentou os resultados da comissão que estudou a relação entre Apnéia do Sono e diabetes. Os especialistas chamaram a atenção para o fato de que as evidências científicas são de que 40% dos portadores de apnéia do sono sejam diabéticos.

As duas doenças causam enormes prejuízos não só à saúde como também à economia global. Estima-se que o diabetes custe aos Estados Unidos, China, Japão e Índia mais de US$ 200 bilhões por ano.

O custo da apnéia do sono ainda não foi computado pelas autoridades de saúde. Se pensarmos que a doença diminuiu a produtividade e é fator de risco para o aparecimento de várias doenças crônicas esse custo pode ser muito grande.

Trabalhos científicos têm mostrado que o tratamento da apnéia do sono pode diminuir a glicemia de jejum e facilitar o controle a longo prazo do diabetes. A baixa qualidade do sono, nos portadores de apnéia obstrutiva, aumenta o impacto e realimenta dois fatores de risco para o diabetes, a obesidade e as alterações psiquiátricas.

Indivíduos que não dormem bem não conseguem se exercitar e ficam obesos com mais facilidade. E a qualidade do sono é fator desencadeante de stress e depressão que por sua vez podem aumentar a risco da obesidade.

A Federação Internacional do Diabetes recomenda que os pacientes com diabetes tipo 2 tenham seu padrão de sono avaliado para que se possa diagnosticar corretamente a existência de apnéia do sono. Da mesma forma os portadores de Apnéia do Sono devem ser investigados quanto a presença do diabetes. 

 

G1 , 11 de junho, Editoria Ciência & Saúde

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