Os números chamaram a atenção da equipe que fez a pesquisa por serem comparáveis às médias dos EUA, país em que a obesidade já é considerada um problema de saúde pública.
A dentista Carla Arydes sofre para controlar a alimentação de seu filho, Felipe, 10 anos. "Desde que ele tem 4 anos tento controlar seu peso. Às vezes é difícil que crianças façam dieta, porque elas sentem vontade de comer guloseimas, como doces e balas. Evito comprar biscoitos recheados e refrigerantes", disse Carla, acrescentando que o filho mantém 49 quilos há um ano.
Vilã principal é má alimentação
Para obter este resultado, as pesquisadoras do Departamento de Medicina Integral da Uerj, Suliane Mota, Maria Inez Padula e Débora Teixeira analisaram 260 alunos da Escola Municipal Madri, de Vila Isabel, com idades entre 10 e 19 anos.
Para Suliane, as causas da obesidade são inúmeras, desde sedentarismo e genética até hábitos alimentares. "As crianças analisadas, de um modo geral, se alimentam muito mal. Comem carboidratos e gorduras em excesso. Além disso, parte dos jovens obesos têm histórico de parentes com doenças associadas à obesidade, como diabetes e hipertensão arterial", explica. Um dos objetivos do trabalho realizado pela Uerj foi relacionar o excesso de peso à pobreza.
O Dia Online, 15 de março, Editoria Saúde
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