• Edição 116
  • 06 de março de 2008

Teses

Pesquisa aponta principal componente da poluição do ar

Tatiane Leal

A mestranda Flavia Mazzoli da Rocha defende no dia 10 de março, às 8h, a dissertação “Comparação entre a toxicidade pulmonar de partículas de origem urbana e de queima de cana-de-açucar”. Com orientação da professora Débora Souza Faffe, o estudo é submetido ao programa de pós-graduação do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF). A mestranda apresenta sua defesa no próprio instituto que fica no Centro de Ciências da Saúde (CCS), no Bloco G, sala G1-022, na Ilha da Cidade Universitária, no Fundão.

A tese compara a toxicidade das partículas produzidas pela queima de cana de açúcar e de partículas provenientes de tráfego. Esse material é o principal componente urbano da poluição do ar, um problema crítico dos grandes centros. Durante a pesquisa, camundongos BALB/c fêmeas inalaram a mesma massa de ambas as partículas estudadas, a fim de que fossem observados os efeitos pulmonares.

Os resultados mostram que quase todos os parâmetros da mecânica pulmonar aumentaram de forma semelhante após os testes de inalação de ambos os materiais. O estudo demonstra ainda que uma dose baixa de partículas ambientais, tanto produzidas por tráfego como por queima de biomassa, provoca alterações significativas nos pulmões dos camundongos e que a queima de biomassa produz partículas, no mínimo, tão tóxicas quanto aquelas que têm origem urbana.


Estudo revela alterações na tireóide após infarto do miocárdio

Tatiane Leal

“Modulação das iodotironinas desiodases murinas pelos esteróides sexuais e pós-infarto do miocárdio” é o título da tese da doutoranda em Fisiologia, Michelle Porto Marassi, que faz sua defesa dia 12 de março, às 14h, no Bloco G, sala G1-022 do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF/UFRJ). A pesquisa conta com a orientação da doutora Doris Rosenthal, do IBCCF.

O estudo em questão observou a modulação da atividade das desiodases, as enzimas responsáveis pela geração do T3, hormônio da tireóide, pelos hormônios sexuais e durante o desenvolvimento da insuficiência cardíaca pós-infarto do miocárdio. As alterações nas atividades da desiodases foram estudadas em ratos, machos e fêmeas, pré-puberes e adultos. A comparação entre esses animais sugere que outros fatores, além do T3 e dos hormônios sexuais, podem modular a atividade da desiodase tipo I (D1) durante a maturação dos ratos.

Foi realizado também um estudo seriado da função do eixo hipotálamo-hipófise-tireóide e do metabolismo dos hormônios tireóideos em ratos machos submetidos a infarto do miocárdio. Houve queda aguda dos níveis de T4 e T3 após o infarto do miocárdio. O estudo concluiu que essa queda é causada pelo aumento das reações de quebra para geração de energia dos hormônios tireóideos, secundário a indução da desiodase tipo III (D3) no coração.


Efeitos do ácido retinóico no tratamento de câncer na tireóide

Tatiane Leal

A tese “Modulação da captação de iodeto e da expressão dos receptores de ácido retinóico (RAR e RXR) pela tireotrofina e pelo ácido retinóico em células tireóideas normais PCCL3”, é defendida pela mestranda Elaine Cristina Lima de Souza no dia 12 de março, às 10h. A pesquisa tem a orientação da doutora Denise Pires de Carvalho, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF) e a co-orientação do doutor Luiz Eurico Nasciutti, do departamento de Histologia e Embriologia da UFRJ. A defesa acontece no IBCCF, no Centro de Ciências da Saúde (CCS), Bloco G, sala G1-009, na Ilha da Cidade Universitária, no Fundão.

A mestranda estudou os efeitos da ação do ácido retinóico no tratamento contra o câncer de tireóide, ainda pouco conhecidos. Células tireóideas receberam ácido retinóico na presença e na ausência do hormônio tireotrófico (TSH). O objetivo era avaliar os efeitos sobre o co-transportador sódio/iodeto (NIS) e, também, analisar a expressão e a localização dos receptores de ácido retinóico.

O estudo notou que o tratamento com ácido retinóico dificultou o transporte do co-transportador sódio/iodeto (NIS) para a membrana plasmática. Com isso, concluiu-se que o tratamento diminuiu a captação de iodeto, componente fundamental da biossíntese dos hormônios tireóideos.