• Edição 100
  • 28 de setembro de 2007

Cidade Universitária

Carta do prefeito da Cidade Universitária pede maior segurança no campus


Priscila Biancovilli

No dia 20 de setembro, o prefeito da Cidade Universitária, Hélio de Mattos, escreveu uma carta ao Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, solicitando maior apoio e suporte dentro do campus do Fundão. O motivo do pedido foram os altos registros de ocorrência de assalto nas linhas de ônibus que circulam pelo campus, bem como no transporte interno. No mês de setembro, a 21ª DP registrou 40 casos, apenas na linha 696-A (Integração Metrô Del Castilho–Cidade Universitária).

Segundo Helio, os assaltos acontecem “principalmente em alguns trechos do percurso: na subida da Ponte Oswaldo Cruz e na avenida Bento Ribeiro Dantas no complexo de Bonsucesso (trecho de Timbau, Pinheiros, Vila Esperança, Vila do João e Manguinhos). Esses delitos deixam intranqüilos os membros da nossa comunidade, em deslocamento para as atividades diurnas e noturnas realizadas no campus da Ilha da Cidade Universitária”, afirma o prefeito em um trecho da carta.

Segurança no campus

Atualmente o campus conta com seis viaturas e doze vigilantes, que fazem um trabalho de ronda ostensiva, entre 6 da manhã e 11 da noite. Além disso existe o apoio de duas viaturas do 17º Batalhão da Polícia Militar da Ilha do Governador. “Esse efetivo é pequeno e a Reitoria da UFRJ tem alertado o governo federal sobre esse assunto. Desde 2005, solicitamos abertura de concurso para 100 vigilantes, mas infelizmente até a presente data não tivemos nenhuma resposta. Desde dezembro de 2005, implantamos a Central de Monitoramento com 19 câmeras vigiando nossas principais ruas e avenidas que, junto com a ronda ostensiva das viaturas da DISEG, servem de forte apoio na nossa política de aumento da sensação de segurança no campus”, afirma Helio. Para o sistema de controle de portarias dos principais prédios e edifícios, existem aproximadamente 550 vigilantes e porteiros terceirizados.

Os acessos ao campus são restringidos de segunda a sexta, das 23 às 5h30, e aos sábados, domingos e feriados. Nestas horas, só é possível entrar na ilha da Cidade Universitária pelo portão 1, ao lado do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG). “Desde a implantação de sistema de gerenciamento das entradas colocamos a zero os delitos  como desova de cadáveres e ‘depenação’ de veículos”, explica Hélio.

Resultados

No último dia 25 de setembro, o policial militar Charles Nascimento da Silva, comandante do Grupamento de Policiamento de Transportados em Ônibus Urbanos, informou que diversas viaturas estão vistoriando os ônibus dentro e no entorno do campus.

– Outra medida importante é uma reunião pública entre a PM, a UFRJ e todas as empresas que circulam pela Ilha da Cidade Universitária e utilizam as linhas Vermelha e Amarela. “O capitão Charles da PMERJ irá fazer recomendações as empresas e aos passageiros sobre o assunto e informar o trabalho que está sendo desenvolvido desde segunda feira, dia 24, e iremos informar quais foram as medidas que tomamos nos últimos anos e as que estão em curso no momento para alguns fatos relacionados a assaltos a ônibus que ocorrem nas nossas ruas e avenidas”. Exclarece o prefeito Helio.

A grande repercussão do caso na mídia ajudou a trazer soluções mais rápidas. “Os resultados atingem não somente o corpo social da UFRJ, também milhares de usuários de transporte público correm o mesmo perigo”, conclui o prefeito.