• Edição 097
  • 10 de setembro de 2007

Cidade Universitária

35 anos de alojamento universitário


Marcello Henrique Corrêa

O alojamento universitário completa, esse mês, 35 anos de existência. Entre problemas e dificuldades, o local abriga boa parte dos alunos carentes; sem ele, muitos estudantes simplesmente não teriam condições de estudar na Universidade, opina a diretora Veraluce Aguiar Esteves. Além disso, é o único ambiente em que estudantes de todos os cursos e campi da UFRJ podem conviver e trocar experiências, de perto.

“É complicado dirigir o alojamento. Como em qualquer lugar, a administração tem seus problemas”, afirma a diretora, apontando a manutenção como um dos principais. “Aqui é como um hotel. Quando alguma coisa quebra, deveria ser consertada ou substituída na hora – o que não acontece”, explica.

Se os problemas administrativos atrapalham, a relação com os estudantes, para Vera, vai bem. “Claro, há aqueles que não conservam os quartos, mas a grande maioria contribui para o alojamento continuar limpo e arrumado”, conta a diretora. “Fico feliz de perceber que os estudantes alojados tiveram uma oportunidade de estudar na UFRJ”, afirma.

O alojamento universitário é bastante procurado. Por isso, segundo Veraluce, há mais interessados do que vagas. “Já existe um projeto de fazer novos blocos e torcemos para que dê certo”, conta a diretora. Com a grande demanda de estudantes, é necessário fazer uma seleção. Veraluce explica os principais critérios na escolha dos alojados: carência e distância da moradia à UFRJ. O edital para a seleção é sempre divulgado no início do primeiro período letivo, e distribuído em todas as Unidades de Ensino de Graduação da UFRJ.

A diretora explica, no momento grandes reformas são difíceis de fazer pela falta de um local para transferir os estudantes alojados. “Reformamos as janelas, por exemplo, com os estudantes morando nos quartos, mas algo maior já seria inviável”, conta. Quanto à expansão da UFRJ, projeto que prevê a expansão das vagas na universidade, Veraluce ainda não considera necessário tomar medidas mais concretas para a expansão do alojamento.

O alojamento, hoje, dispõe de 504 quartos, distribuídos igualmente em dois blocos: feminino e masculino. Apesar das dificuldades, a diretora afirma: “Tenho orgulho de passar pelos alunos do alojamento e ver como o local ajuda aos estudantes carentes”. Veraluce é diretora do alojamento universitário há 16 anos e funcionária do local há 20.