• Edição 081
  • 17 de maio de 2007

Argumento

Prédio do CCS passa por reformas

Geralda Alves

O prédio do Centro de Ciências da Saúde (CCS) está passando por grandes e pequenas reformas que mexem com o cotidiano de alunos, professores e funcionários. Completando dez meses de gestão o decano Almir Fraga Valladares, diz que uma das preocupações que teve ao chegar ao Centro foi justamente com a estrutura física do prédio. “Apesar de já ter convivido por oito anos, como diretor da Faculdade de Medicina, com a decania do CCS, não se tem muita noção do todo desse prédio. Só depois de tomar posse como decano foi que eu comecei a tomar ciência das grandes dificuldades de manutenção da estrutura e das instalações físicas”.

O primeiro grande problema enfrentado por essa decania foi das precárias condições de instalações das salas de aula. A comissão de biossegurança do CCS apresentou ao professor Almir um relatório onde lista a falta de segurança e de infra-estrutura nas questões ambientais das 34 salas disponíveis para a graduação, de responsabilidade direta da decania. Destas, 27 encontram-se no subsolo, “então o primeiro impacto que tivemos baseado nesse relatório, foi pelo fato do local ser de uso coletivo e obrigatório, já que o nosso objetivo principal é ter aluno, ter sala de aula. Encontramos também uma série de necessidades dentro da estrutura física do prédio, como banheiros e laboratórios precisando reformar. Ajudamos até a completar as obras dos laboratórios dos Institutos de Nutrição e de Biologia que já estavam em andamento”, explica Valladares.

Segundo dados do relatório da biossegurança essas salas de aula eram carentes de um sistema de exaustão e ventilação adequado; a iluminação era precária, com risco de acidente. Para tentar resolver o problema a decania instalou lâmpadas de emergência, que no momento, não atendem a uma quantidade grande de pessoas. “Elas são de resultados discutível em relação ao uso por ambiente coletivo. Quanto a prevenção de eventuais acidentes, como incêndio, a gente procurou colocar extintores em pontos estratégicos que, certamente, não atendem a necessidade quantitativa ideal. Para isso contamos com a assessoria do Quartel do Corpo de Bombeiros da Ilha do Governador”, afirma Almir.

Os extintores foram fixados nos corredores e na biblioteca. Os laboratórios, que são de responsabilidade das unidades, costumam ter aparelhos dentro de seu ambiente. “Atualmente estamos trabalhando com a assessoria do Corpo de Bombeiros do Fundão que está nos ajudando no levantamento das maiores necessidades, que estamos atendendo dentro do possível”, relata Almir.

Obras em andamento

O Laboratório de Vertebrados, do Departamento de Ecologia do Instituto de Biologia da UFRJ pegou fogo na quarta-feira de cinzas de 2006 matando 93 roedores e causando prejuízos da ordem de US$ 100 mil. Um ano depois, a obra começa a ser licitada e está orçada aproximadamente em R$ 200mil. “Porque levou um ano para se autorizar a licitação eu não tenho conhecimento, mas esse processo geralmente demora. Assim como qualquer obra dentro da universidade também é algo demorado, se ela não é prevista no orçamento tem que se disponibilizar alguma verba. Depois tem que se cumprir todas as etapas legais para licitação e por último a obra passa a ser executada”, explica o decano.

Atualmente o CCS trabalha na aplicação do forro do bloco L (Centro de convivência), na instalação do grupo de geradores e construção do castelo d`água que vai abastecer o prédio por até 48 horas na falta de água pela Cedae. “Todas essas obras estão sendo executadas com recursos da reitoria que giram em torno de R$ 2.700 milhões”, afirma Almir.

Algumas das obras tiveram necessidade de termo aditivo, uma delas foi para a restauração da estrutura do forro, que custou mais R$18mil e das instalações elétricas para a colocação de ventiladores de parede, no bloco L que ficou em R$ 9mil. “Tudo isso leva tempo. Uma obra que levaria dois meses (se tudo correr bem) leva um ano”, completa Valladares.

- A despesa que se tem para manter uma estrutura física predial envelhecida é bem maior do que em uma estrutura nova. Fazendo analogia com o ser humano, uma pessoa idosa tem mais problemas de saúde do que uma mais nova, consequentemente, se gasta mais com a mais idosa. – analisa Almir.

Segundo ele a verba da decania, prevista orçamentariamente, mal dá para o custeio dos serviços emergenciais. “Para o exercício de 2007 coube a decania do CCS R$ 220mil, para material de consumo, R$ 140 mil destinados a serviços e pessoas jurídicas e cerca de R$ 12mil para material permanente. “O que é insuficiente para a manutenção de eventualidades pequenas, como reformas de banheiro, uma pequena pintura de uma sala de aula, ou correção de um defeito hidráulico. Porque às vezes temos que contratar firmas, as equipes de manutenção do CCS às vezes não tem pessoal suficiente para se executar o serviço com a rapidez necessária”, declara Valladares.

Com a verba da decania está sendo recuperado o auditório Francisco Bruno Lobo, o Bezão, localizado no bloco B, fechado por falta de refrigeração. Por uma necessidade emergencial, para atender ao congresso da UNE que não tinha onde ser abrigado, foi instalado o ar condicionado, feito uma pintura, mas ainda falta recuperar as cadeiras e consertar uma infiltração na parede.

Existem ainda outras reformas que já estão listadas para serem feitas com a verba da decania, como banheiros, corredores, salas de serviços de almoxarifado e de manutenção. Além de uma revisão estrutural e pintura no prédio. “Como expansão predial é praticamente consenso a extensão dos blocos A, H (projeto já pronto) e J. Nessas obras utilizamos também a verba que recebemos com o aluguel das salas comerciais, que fica em torno de R$ 30mil por mês” , conclui o decano do CCDS.