• Edição 076
  • 05 de abril de 2007

Microscópio

Instituto de Doenças do Tórax: 50 anos de história

Tainá Saramago

Em Outubro de 2007, o Instituto de Doenças do Tórax (IDT) da UFRJ comemora 50 anos. Para celebrar a data, uma série de atividades, como palestras científicas e homenagens, vêm sendo preparadas por uma comissão organizadora formada pelos professores Marcos Paschoal, Sonia Catarina Figueiredo, Marcus Conde e Dr. Giovanni Antonio Marsico.

O IDT surgiu da cátedra de Tisiologia e Pneumologia, criada em 1952 pelo professor Antônio Ibiapina. Funcionava no Hospital São Sebastião e Clemente Ferreira, no bairro do Caju. Em 1957, ocorreu a fundação do Instituto de Tisiologia e Pneumologia, atual IDT. Em 2000, devido à dificuldades enfrentadas, o Instituto foi transferido para o HUCFF, onde funciona até hoje.

O Instituto, que manteve sua autonomia, conta com um ambulatório; com o Programa de Controle a Tuberculose; enfermaria; leitos de isolamento de tuberculose; Serviço de Endoscopia Respiratória; Serviço de Fisiopatologia; cirurgia de tórax; transplante de pulmão; atendimento para pacientes com asma; bronquite crônica e câncer de pulmão. Oferece ainda cuidados com pacientes fora da perspectiva terapêutica, melhorando a qualidade de vida.

– Por ano o Instituto atende 12.296 pessoas no ambulatório, faz 315 cirurgias, oferece 4.142 consultas, 493 internações, 17.433 exames e 2.100 outros serviços. Conta com 162 funcionários técnico-administrativos e 16 docentes. Possui, também, residência médica própria; participa do programa de Pós-graduação em Clínica Médica, em Mestrado e Doutorado. – afirma o professor Gilvan Renato Muzy, diretor da unidade.

São perspectivas da diretoria ocupar o sexto andar do HUCFF; ter enfermarias, Unidades de Tratamento Intensivo especializadas e ambulatório de Tuberculose. Planeja ainda ocupar o prédio anexo, que já encontra-se pronto, faltando apenas alguns detalhes.

A Doença
Segundo o diretor do IDT, as doenças torácicas que mais matam atualmente são o câncer e o enfisema, doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC). O tabagismo, a poluição, a exposição profissional a poluentes atmosféricos, as condições alérgicas, entre outros, são fatores de risco das doenças respiratórias.

No Brasil o câncer representa a segunda maior causa de mortalidade, superada apenas pelas doenças cardiovasculares. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer de cada 100 mil brasileiros com casos de neoplasia malígna, 24,74% são acometidos de câncer de pulmão, traquéia e brônquios, destes, 17,88% são homens.