• Edição 068
  • 25 de janeiro de 2007

Saúde em Foco

Pés livres de fungo e mau-cheiro

Isis Brum

Você sabe proteger os seus pés? Umidade e calor são condições propícias para a proliferação de fungos que, além do mau cheiro, causam micoses de unha e frieiras. Quem gosta de freqüentar piscinas e andar descalço na praia tem de estar atento a alguns cuidados.

Lugares úmidos e de uso comum, como piscinas, banheiros e saunas, concentram fungos e bactérias. A recomendação, portanto, é usar chinelos até debaixo do chuveiro. Na piscina, deve-se retirá-los apenas para entrar na água.

Caminhar na areia é um ótimo exercício para o corpo, mas deve-se proteger os pés usando, pelo menos, uma sandália. Para quem não abre mão de andar descalço, a dica é lavar os pés após o passeio e deixar as unhas bem limpas, usando uma escova adequada.

Sapatos

Os calçados devem ser expostos ao sol para eliminar os germes e não se deve usar o mesmo sapato dias seguidos. “De nada adianta cuidar bem do pé e esquecer os sapatos, que estão cheios de fungos”, alerta a podóloga Cristina Lopes. “As mulheres variam mais, mas os homens preocupam-se menos com a troca de calçados”, diz. Outra recomendação é usar meias de algodão para absorver o calor. As mulheres que usam meias finas podem colocar uma sapatilha de algodão por baixo da meia-calça.

Fungos

Os fungos alimentam-se da pele e da queratina das unhas, provocando coceira e ardência, no caso da frieira. A micose de unha causa deformação, além de manchas brancas ou amarelas. Segundo pesquisa feita pela Doctor Feet, empresa de podologia, oito entre 10 brasileiros têm alguma anomalia nos pés, desde um calo simples até micoses. Tão inconveniente quanto as doenças, é o mau-cheiro. O uso de anti-séptico em talco ou spray ajudam a eliminar os causadores do chulé.             

Ozônio na piscina

A falte de higiene pessoal dos usuários de piscina coletiva tornam o lazer em uma das principais formas de transmissão de micoses e frieiras. O cloro é utilizado para matar esses germes, mas agride cabelos, pele, vias nasais e olhos.

Uma das alternativas ao cloro é o ozônio, substância produzida a partir do oxigênio. “Essa substância é mais eficaz na eliminação dos germes, mais potente que o cloro e menos agressiva”, diz o médico homeopata Luiz Novaes. Mas nada substitui a higiene: “Deve-se lavar bem os pés e as unhas, bem como os genitais, para não levar fungos e bactérias para a água de uso comum”, observa Novaes. 

Diário de São Paulo
Publicada em 16/01/2007 às 12h12m