• Edição 062
  • 16 de novembro de 2006

Notícias da Semana

Pela atenção primária na saúde

Isabella Bonisolo

O Hospital Escola São Francisco de Assis (Hesfa) realizou entre os dias 13 e 14 desse mês a VI Semana Científica, com o tema Atenção Primária no Contexto da Saúde. O público, em grande parte formado por jovens estudantes, pôde refletir sobre os novos desafios do Hesfa e da Atenção Primaria.

Diana Maul, professora da Faculdade de Medicina (FM) e coordenadora de Extensão do Centro de Ciências da saúde (CCS), em nome do decano do CCS, professor Almir Fraga Valladares, abriu a manhã de conferências do primeiro dia de evento com um breve resgate de suas lembranças sobre o Hesfa. "Quando fiz Medicina na UFRJ não tive aulas aqui. Mas o que tenho claro em minha mente é que o Hesfa era um local de intensas atividades e debates", recorda a professora que enfatizou a importância de novas iniciativas de encontros de cunho científico.

Diana traçou ainda a história do Hesfa até a sua tendência atual de ser um local de Atenção Primária. Nos anos 1980 o hospital escola reabriu com novos leitos a fim de atender a demanda de pacientes infectados com leptospirose nas enchentes da cidade, em 1989. A proposta inicial era que ele assumisse o perfil de uma unidade de apoio somente com profissionais de Enfermagem que não cuidassem de atendimentos de urgência. Porém, o Conselho Regional de Medicina vetou a idéia, alegando que a direção deveria ser guiada por um médico.

Para a diretora do Hesfa, professora Cristina Loyola, a questão da Atenção Primária, que já existe há cerca de 30 anos, é instigante e suscita inúmeras reflexões na atualidade. "Em média, 80% da população do Rio de Janeiro tinha que se preocupar com os problemas de infecções, como a diarréia, por exemplo, ou gineco-obstetrícos e  de Clínica Médica. Hoje em dia esse não é mais o nosso perfil. Sempre me questiono por que não se coloca em postos de saúde profissionais especializados em hipertensão ou diabetes, que cobririam as atuais demandas", avalia Loyola.

A diretora apontou ainda o objetivo do evento, que se destina a delimitação de um dos "maiores problemas da UFRJ": o Hesfa. "Precisamos pensar como sobreviver com o dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS) e como garantir que a UFRJ nos reconheça como um hospital de seu complexo", enfatiza Cristina.

Durante as conferências, projetos de Extensão ligados à Atenção Primária foram apresentados aos participantes do encontro. João Ferreira Filho, professor de Psiquiatria da FM, mostrou o Projeto Viva a Vida, enquanto que Levi Santa Rosa, professor do curso de Fisioterapia da UFRJ, detalhou o processo do Projeto Saúde Escola.

Segundo Cristina Loyola, o que mais se quer atualmente é quebrar a errônea noção de que a atenção primária seja algo simples. "Está mais do que claro que não podemos banalizá-la. Temos que mudar a cultura de corte de verbas imediato nessa área, apenas por que a consideram simples", declara a professora.


Inauguração de novos laboratórios do ICB

Renata Magliano

Ocorreu no dia 10 de novembro a inauguração dos novos Laboratórios de Microscopia e Imagem do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFRJ e do Espaço Olympus no Anfiteatro Nobre do Programa de Pós-graduação em Ciências Morfológicas no Centro de Ciência da Saúde (CCS) da UFRJ.

Diversas autoridades estiveram presentes ao evento, como os professores Adalberto Vieyra, diretor do ICB, Almir Fraga Valladares, decano do CCS, José Roberto Meyer, Pró-reitor de Graduação e Raymundo de Oliveira, presidente da Fundação Universitária José Bonifácio (FUJB).

Segundo o decano, esse tipo de iniciativa anima a todos para continuar coletivamente trabalhando e lutando pela universidade, pela decania, por cada uma das unidades "A cada momento somos premiados com eventos como esse de desenvolvimento, de progresso, de avanço", disse ele.

O Pró-reitor José Roberto Meyer afirmou que com esse feito estão dando um salto de qualidade no ensino de saúde. "Está se mudando o paradigma do ensino de Graduação em termos das Ciências Morfológicas".

No evento também estiveram presentes Radovan Borojevic e Kátia Arcanjo, ambos do ICB, Miriam Struchiner, diretora do NUTES/UFRJ, entre outros. Representando o Espaço Olympus estava o gerente de produto e marketing desta empresa, Carlos Kolde, entre outros. Na programação de inauguração palestras sob temas importantes como a História da Microscopia, Tecnologia de imagem no ensino de saúde e Ensino investigativo de histologia no diagnóstico patológico. 

Ao final das apresentações ocorreu uma aula prática comemorativa.