• Edição 052
  • 06 de setembro de 2006

Notícias da Semana

Dia do Nutricionista é comemorado no Hospital Universitário da UFRJ

Isabella Bonisolo

Em comemoração ao Dia do Nutricionista - 31 de agosto -, a Seção de Ensino, Pesquisa e Estatística, Seção Clínica, Seção de Planejamento e Produção e o Instituto de Nutrição Josué de Castro organizaram, na última terça-feira, dia 5 de setembro, um evento em comemoração ao dia dos profissionais da área. O encontro anual, realizado no auditório Haley Pacheco do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), priorizou a valorização do trabalho do nutricionista e contemplou os presentes com quatro palestras.

A mesa foi composta por Maria das Graças Soares, diretora da Divisão de Apoio Assistencial, Eliane Pezzuto, chefe do Serviço de Nutrição e Dietética, ambos do HUCFF e Elizabeth Accioly, diretora do Instituto de Nutrição Josué de Castro (INJC). Durante a homenagem, lembrou-se da importância da valorização do trabalho realizado pelo nutricionista, que jamais deve ser diminuído em relação ao do médico. Maria das Graças comenta que “a nutrição se faz presente em quase todos os programas e projetos institucionais do HUCFF. Isso é muito bom, pois dá repercussão e visibilidade para o trabalho do nutricionista”.

O momento de atenção ao exercício profissional do nutricionista trouxe a lembrança da luta pela implantação da Residência na área, que enfrenta inúmeros problemas, entre eles, o pagamento de bolsa-auxílio. “Essa Residência será implantada em três áreas: Nutrição, Farmácia e Serviço Social. Não temos uma data precisa para iniciar, mas estamos fazemos o possível”, explica Maria das Graças.

Palestras mostram novidades

Eliane Rosado, professora do Departamento de Nutrição e Dietética do INJC, debateu o tema, Nutrogênica e Obesidade. O objetivo foi a apresentação de uma especialização nova que cada vez mais ganha espaço nos estudos acadêmicos: a Nutrogenia. Essa área busca focar a interação entre os genes e a nutrição como fator ambiental.

No futuro, as pesquisas talvez ajudem a indicar a dieta perfeitamente eficaz para cada indivíduo. Através da análise dos polimorfismos, ou seja, o comportamento de mudança dos genes, poder-se-ia mapear a cadeia gênica do indivíduo e assim, haveria a possibilidade de formular uma dieta personalizada. “Sabemos que hoje, um indivíduo com a mesma idade, sexo, altura e peso, possui respostas diferentes as mesmas dietas. Isso pode acontecer por causa de um gene”, afirma Eliane.

A segunda palestra, conferida por Márcia Simas, nutricionista do Hospital Pedro Ernesto, da UERJ, apresentou dados de estudos ainda em andamento sobre o papel do Cálcio na perda de peso. Calcula-se que a ingestão de 1300mg por dia da substância, o equivalente a três ou quatro porções de laticínios, modula o metabolismo energético, diminuindo os índices lipídicos corporais. “Isso não é fórmula mágica. O balanço energético ainda é a solução para a regulação do nosso peso. Porém, o Cálcio parece ter um papel auxiliar. Os estudos indicam que ele influencia de 3 a 10% do nosso gasto energético”, alerta Márcia Simas.

O evento seguiu com a palestra de Sofia Kimi Uehara, mestre em Nutrição Humana do INJC, que ressaltou o papel da nutrição na Síndrome metabólica e hiperhomocisteína. Atenção nutricional corporativa, por Andréa Ramalho, também do INJC, encerrou o encontro de comemoração pelo dia do nutricionista.


I Gincana Anual de Reabilitação e “Cadeirantes”

Isabella Bonisolo

O Serviço de Medicina Física e Reabilitação (SMFR) do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) realizou, dia 1º de setembro, a I Gincana Anual da Reabilitação e “Cadeirantes” do HU (RECHU). O evento aconteceu no ginásio multidisciplinar do SMFR e reuniu pacientes com lesão de medula de todas as idades.

Ao chegarem, os competidores fizeram suas inscrições, além de uma rápida avaliação médica. De acordo com os resultados dos exames, que mediam a força dos braços e peso, os pacientes eram alocados em dois grupos diferentes. O grupo branco foi composto por aqueles que possuíam lesão medular alta, portanto, as provas foram menos exigentes. Para o grupo verde, as estações com os exercícios a serem realizados eram mais complexas, já que esse tinha uma turma com mais resistência física. “A gincana, além, de ser uma prova de independência, serve para nós avaliarmos como eles estão”, explica Denise Xerez, chefe do SMFR e organizadora do evento.

Durante as sete provas do circuito, que incluíam voltas em torno de cones, transferência da cadeira de rodas para uma cama e arremessos na cesta de basquete, a família do competidor acompanhava, torcendo efusivamente. E essa não era a única animada. Em cada posto de prova, estudantes voluntários do curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina anotavam o desempenho e davam força para os novos esportistas.

A maior parte dos competidores foi unânime na escolha da prova mais difícil.

Elegeram a estação seis, que exigia a atividade de vestir sozinho um casaco ou uma blusa. “Como não temos equilíbrio no tronco, fica muito difícil”, justifica Antonio, o competidor número um do grupo branco.

A premiação dos três competidores de cada grupo com o melhor tempo teve direito a um pódio adaptado. O evento ainda sorteou brindes doados pela Reitoria, Laboratório União Química e uma empresa fabricante de produtos para pessoas em cadeiras de rodas. “Nós tivemos a idéia de montar essa gincana para reunir o grupo de pacientes com lesão medular. Como aqui é um lugar de difícil acesso para eles, às vezes acabamos perdendo o controle do andamento do tratamento de alguns. Esse evento recreativo é para motivar a vinda deles e para colher dados, principalmente dos que estão dispersos há algum tempo”, finaliza Denise Xerez.