• Edição 051
  • 31 de agosto de 2006

Cidade Universitária

Logradouros

Nomes das vias e praças da Cidade Universitária

Avenida Horácio Macedo – É o novo nome da Avenida 1, principal eixo da Cidade Universitária, que tem início na rótula da Prefeitura (agora Praça Edson Abdalla Saad) e ultrapassa a rótula da Reitoria (agora Praça Samira Nahid Mesquita), em Homenagem a um dos mais importantes Reitores da UFRJ que em sua gestão, além de modernizar a estrutura administrativa da instituição e as relações da mesma com a sociedade, teve papel importante no processo que determinou a Autonomia Universitária na Constituição Brasileira, promulgada em 5 de outubro de 1988.

 

Horácio Cintra de Magalhães Macedo nasceu no Rio de Janeiro em 14 de outubro de 1925. Químico Industrial formado em 1945 pela Escola Nacional de Química (atual Escola de Química da UFRJ) tornou-se professor Livre Docente desta Instituição. Ainda na UFRJ, foi o primeiro Reitor brasileiro eleito pela comunidade universitária, em 1985. Foi professor Emérito da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ. Trabalhou no Instituto de Manguinhos (atual FIOCRUZ) e no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas – CBPF.

Dedicou sua vida ao ensino. Eleito Patrono e Paraninfo de mais de 70 turmas de formandos da UFRJ e da UFRRJ. Escreveu livros voltados para a graduação, destacando-se Físico-Química I. Traduziu e adaptou outros títulos para o português, inclusive o Manual de Engenharia Química (PERRY), além de colaborar para o Dicionário AURÉLIO da Língua Portuguesa, nas áreas de matemática, química e física.

Teve participação ativa na vida política do País, tendo ingressado em 1950 nos quadros do Partido Comunista Brasileiro – PCB, no qual militou por toda vida. Atuou ativamente na campanha “O Petróleo é Nosso”. Suas convicções democráticas o fizeram um lutador incansável por uma Universidade autônoma, de qualidade, justa e voltada para o progresso da sociedade.

Quem foi seu aluno ou pôde participar de encontros com ele jamais esquecerá seu jeito de comunicar-se. Bastava um “Então Pessoal!”, para que todos prestassem atenção ao que o Mestre tinha a dizer. Expressões suas ficaram eternizadas: “Está claro pessoal? Claríssimo?”, “Quem é que vai colocar o guizo no pescoço do gato?”, “Precisamos fazer essa universidade querida e amada pelo nosso povo”, entre outras.

Morreu em 24 de fevereiro de 1999, na cidade onde nasceu e viveu por 73 anos.


Texto retirado do Boletim da PrefeituraONLINE
Edição: Antonio Carlos Moreira
Contato:prefeituraonline@pu.ufrj.br