• Edição 040
  • 14 de junho de 2006

Notícias da Semana

Professores do IMPPG discutem PDI

Aline Durães, do Olhar Virtual

foto no foco

O Instituto de Microbiologia Professor Paulo de Góes (IMPPG) recebeu, dia 9 de junho, o reitor Aloísio Teixeira e alguns membros da Administração central, para discutir o Plano Qüinqüenal de Desenvolvimento Institucional (PDI). Por cerca de duas horas, os professores do instituto puderam ouvir as principais diretrizes da proposta e sugerir alterações para a versão final do documento, que precisa ser aprovado pelo Conselho Universitário (Consuni) para entrar em vigor.

O encontro faz parte de um ciclo de debates que a reitoria está promovendo em todas as reuniões de congregação da UFRJ que visa à construção coletiva do PDI. O IMPPG é a quinta unidade a sediar o evento com os membros da Reitoria da UFRJ. “Queremos a ajuda de vocês para pensarmos uma universidade melhor. Essa é a oportunidade que querer de universidade queremos ter”, disse Aloísio Teixeira aos presentes.

Polêmicas

Como aconteceu em outros encontros, o debate do PDI no IMPPG se concentrou nas propostas mais polêmicas e urgentes do plano. A meta de superar a fragmentação histórica e alcançar a integração entre os diversos setores acadêmicos da universidade foi o ponto central da discussão. “A UFRJ é uma federação de unidades isoladas e dotadas com um grau de autonomia muito grande” explica o reitor. Ele afirmou ainda que está convencido de que não se acaba com a fragmentação baixando um decreto. “A melhor forma de se combater a fragmentação são essas reuniões onde se pode discutir sobre o assunto para se chegar a um consenso”.

A diretora do instituto, Ângela Hampshire, defende a substituição da atual estrutura departamental por programas multidisciplinares como forma de amenizar o caráter fragmentário da instituição. A professora acredita que “os departamentos são contraproducentes” e enfatiza que os programas poderiam atender melhor a demanda da evolução do conhecimento científico.

A maior preocupação dos professores, no entanto, diz respeito à eliminação do Vestibular como mecanismo de acesso à UFRJ. “O Vestibular não mede mérito”, afirma o reitor Aloísio Teixeira. A idéia é fazer um novo processo de seleção, no qual os estudantes seriam avaliados no decorrer do Ensino Médio e, com base nessa avaliação, seriam selecionados para compor o corpo discente da universidade.

Segundo o reitor o atual processo de seleção do Vestibular é um sistema cruel onde “só entra o aluno que tem dinheiro para fazer um bom cursinho e que estudou em uma boa escola”. Diante da afirmativa, Aloísio perguntou aos presentes se a UFRJ deve ser uma universidade de elite ou abrir para outros alunos. “A minha posição não é de elite”, respondeu. 

Os docentes do IMPPG sugeriram um curso, a ser ministrado durante as férias, para preparar melhor os estudantes para o ingresso na universidade. Essas aulas funcionariam ainda como uma espécie de reciclagem para o Ensino Médio, visto que também seriam aplicadas para professores.

 “A proposta é muito positiva”

Essa é a conclusão de Ângela Hampshire, para quem a reunião serviu para esclarecer algumas dúvidas do instituto em relação ao PDI. O IMPPG, segundo ela, debateu o plano nas reuniões de congregação, mas não convocou plenária. “Essa foi uma oportunidade para os professores que não participam das congregações tomarem ciência do plano e discuti-lo”, completa.


UFRJ elege novos dirigentes

Geralda Alves

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A Faculdade de Odontologia elegeu os professores Ednilson Porangaba Costa e Marcio Sayão de Miranda, como diretor e vice-diretor, respectivamente. Três chapas concorreram ao cargo e a vencedora, “Integração”, recebeu 44,66% dos votos ponderados, contra 42,29% da segunda colocada (Sempre). A participação dos docentes foi de 33%, (27% para chapa Sempre) e 7,98% votos de técnicos-administrativos, contra 5,77%. A chapa “Sempre” foi a favorita entre os discentes contabilizando 9,52%, contra 3,67% do candidato vencedor. Os votos são ponderados, concedendo pesos diferenciados por categoria: docentes 70%, discentes 15% e técnicos-administrativos 15%.

Professor de Cirurgia da Faculdade de Odontologia há 27 anos, sendo sete dedicados a chefia do Departamento de Clínica Odontológica e diretor de Ensino, Ednilson acredita que sua vitória se deu graças a sua experiência administrativa. Uma de suas metas de trabalho está voltada para a mudança curricular e a aproximação entre a graduação e a pós-graduação. O novo diretor pretende ainda ampliar a quantidade de cursos lato sensu e de Extensão e construir uma nova sede para a Faculdade de Odontologia.

 

Primeira mulher no comando da Maternidade Escola

Os 100 anos da Maternidade-Escola contabilizam pela primeira vez a vitória de uma mulher para exercer o cargo de diretora. Trata-se da professora Rita Bornia, que venceu o pleito com 71,60% dos votos, contra 28,28% de Osvaldo Coura Filho. A chapa vencedora tem como vice-diretor o professor Joffre Amim Junior. Ao todo foram computados 465 votos apurados.

Como proposta de trabalho a diretora da Maternidade Escola, apresentou como missão institucional a formação de recursos humanos e gerar novos conhecimentos. Além de pretender ampliar as instalações da unidade, visando aumentar o Setor de Ensino e Pesquisa e proporcionar maior conforto aos membros da equipe de Saúde e dar uma ampla integração as necessidades do Sistema Único de Saúde visando a excelência na assistência, entre outros projetos.