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Edição 181
23 de julho de 2009

Saúde em Foco

Médico repassa os grupos de risco nas infecções pela nova gripe



Idosos, estranhamente, têm sido poupados nas mortes pela doença. Problemas respiratórios, cardiovasculares e imunidade baixa atrapalham.

Luis Fernando Correia - Especial para o G1


Desde o início da pandemia de Influenza que varre o mundo, alguns grupos de pessoas são considerados de maior risco para complicações. São as gestantes, os idosos com mais 65 anos, as crianças menores de 5 anos e os portadores de doenças crônicas. Essa classificação vem da experiência que temos no combate à gripe sazonal, a gripe comum de todos os anos.

Porém, como estamos lidando com um vírus, seu comportamento algumas vezes parece desafiar as recomendações habituais para as viroses respiratórias. O que sabemos com certeza é que a Influenza A H1N1 segue o padrão de comprometimento respiratório típico. Se uma pessoa tem uma doença que de alguma forma torna difícil sua respiração ou o funcionamento do sistema respiratório, quando atingida pela nova gripe seus problemas podem se agravar.

Os asmáticos e os portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica podem até mesmo precisar de suporte ventilatório em ambiente de terapia intensiva. Os idosos são um grupo que usualmente sofre com a gripe sazonal, já que a associação entre infecções bacterianas e quadros virais costuma ser comum e potencialmente perigosa para os velhinhos. Nessa pandemia, entretanto, esse grupo etário vem sendo poupado até agora.

Outras doenças que colocam seus portadores em maior risco de complicações são:

- Problemas cardiovasculares, excetuando-se a hipertensão;

- Quadros crônicos de problemas hepáticos e renais;

- Doenças metabólicas, incluindo-se aí o diabetes;

- Pacientes portadores de doenças que afetam a imunidade. Nesse grupo estão os que vivem com Aids e pessoas que precisam tomar medicações para modular a reação imunológica do organismo.

Um aspecto que tem surpreendido os médicos é o numero de obesos que tem apresentado quadros mais graves e complicações com a nova gripe. Esse fato motivou a edição de um alerta e a descrição de diretrizes específicas para esse grupo, pelo Centro de Controle de Doenças, de Atlanta, do governo americano.

De qualquer forma, o tratamento para as pessoas que evoluem com formas mais agressivas da gripe influenza A H1N1 é o mesmo. O mais importante, como sempre, é a detecção precoce de uma evolução para complicações pulmonares e, em tempo hábil, a utilização dos medicamentos antivirais. Qualquer pessoa que esteja sentindo os sintomas clássicos de uma virose respiratória aguda, como febre alta, tosse, dor de cabeça, e que comece a sentir dificuldades respiratórias, deve procurar atendimento médico imediatamente para que seu quadro possa ser avaliado e medidas tomadas a tempo.

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