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Edição 156
11 de dezembro de 2008

Notícias da Semana

Novo diretor do Hospital Escola empossado

Posse marca fim da intervenção da Reitoria da unidade

Marcello Henrique Corrêa

O Hospital Escola São Francisco de Assis (Hesfa) está sob nova direção. O evento que marcou a posse de José Mauro Braz de Lima, como diretor da unidade, e Maria Catarina Salvador da Motta, como vice-diretora. A cerimônia foi breve e ocorreu na tarde do dia 8 de dezembro, no auditório São Francisco de Assis, no próprio Hospital. Representantes das principais unidades do Centro de Ciências da Saúde (CCS) foram ao local e lotaram o auditório.

Aloísio Teixeira, reitor da UFRJ, afirmou que a expressiva audiência corresponde à importância do momento, já que a posse de José Mauro Braz de Lima, eleito por maioria de votos pelo corpo social do Hesfa, marca o “retorno à normalidade da vida institucional na unidade”, nas palavras do reitor. Ele se referia ao sistema de intervenção, pelo qual o diretor de uma unidade é indicado pelo próprio reitor. “Espero que seja o início de um processo pelo qual outras intervenções que existem em nossa Universidade possam ser suspensas”, declarou Teixeira.

O reitor explicou que a intervenção que indicou Cristina Loyola para a direção de 2005 a 2008 era necessária para o período por que passava o Hospital. “Havia uma situação de conflito aqui dentro, que pressenti que ia além da diferença de idéias, natural e necessária para a sobrevivência acadêmica”, afirmou. Ele lembrou que a ausência de um projeto acadêmico representa uma grave lacuna na dinâmica de qualquer unidade universitária. “O Hesfa havia se transformado num prédio. Quando uma unidade acadêmica se confunde com um prédio, significa que há alguma coisa errada”, comentou o reitor.

O reitor agradeceu o apoio e dedicação de Cristina Loyola. Segundo ele, os esforços foram grandes para vencer os desafios que o Hesfa precisa enfrentar. “Se hoje não apresentamos um balanço positivo e completo do projeto de restauração do prédio e de finalização de um projeto acadêmico, a responsabilidade é minha. Lamento não ter tido tempo e condições objetivas para usar mais energia para resolver os problemas do Hesfa”, declarou.

Complexo hospitalar

Para ele, trata-se de um momento especial para a Universidade, que caminha para a realização do complexo hospitalar, aprovado pelo conselho do CCS e incluído na pauta do próximo Conselho Universitário. “O complexo hospitalar não será apenas uma instância administrativa. Respeitada a autonomia de cada unidade hospitalar, nós queremos avançar no sentido da coordenação no sentido da coordenação, racionalização e eficácia no uso dos recursos”, explicou o reitor.

— A idéia é de que dentro de um horizonte de médio e longo prazo possamos ter um sistema de atenção à saúde diferente do que a gente tem hoje e adequado às demandas da sociedade carioca e fluminense —, afirmou Aloísio Teixeira. A decisão veio por causa da decisão do MEC, que exige que as contas dos hospitais sejam relacionadas a unidades orçamentárias distintas do restante da universidade.

Cristina Loyola, agora ex-diretora da unidade, deu as boas vindas ao novo gestor e fez uma breve retrospectiva das atividades que desempenhou durante o triênio e admitiu que o sucesso “em algumas parcialidades”, já que fortes demandas, como a reforma das instalações do Hospital. Apesar disso, a professora informou que já iniciou as negociações com a Divisão de Preservação de Imóveis Tombados (Diprit) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o que pode deixar as portas abertas para a solução do problema na gestão de José Mauro Braz de Lima.

Loyola deixa a direção com recursos em caixa suficientes para os próximos meses. Além disso, sua gestão foi responsável pelo aumento de 15% dos bens de capital e diminuição da fila de espera dos serviços de fisioterapia. “Mas ainda assim, é pouco”, comentou a professora, que agradeceu à equipe que a acompanhou e aos funcionários da unidade.

Palavra do diretor

Muito aplaudido, o novo diretor declarou que o momento era especial em sua carreira e destacou a atenção especial que vai dedicar à área de atenção básica. José Mauro Braz de Lima afirmou que é preciso rever o conceito de saúde e entendê-lo como a totalidade da qualidade de vida do indivíduo e não apenas como a ausência de doenças. “Vejo no Hospital Escola São Francisco de Assis uma oportunidade de mudar esse status quo do paradigma da saúde no Rio de Janeiro”, declarou Braz de Lima.

Aloísio Teixeira destacou que seu papel como reitor não era o de desejar “boa sorte” e sim de estar junto da nova direção para garantir que os desafios sejam vencidos. “Quero deixar claro a certeza de que eu continuo empenhado na solução dos problemas dessa unidade. Acima de tudo, nós precisamos de um projeto acadêmico; as intervenções físicas que se fizerem necessárias devem ser conseqüências do projeto acadêmico e não o contrário”, declarou o reitor.


Liga de Trauma e Emergência encerra atividades de 2008

Beatriz da Cruz

Aconteceu segunda-feira, dia 8 de dezembro, o encerramento das atividades da Liga Acadêmica de Trauma e Emergência (LATE). A cerimônia foi realizada no auditório Halley Pacheco, 8º andar do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) e apresentada pelo vice-presidente da liga, Bruno Duarte. O evento teve o objetivo de divulgar as realizações da liga ao longo do ano.

O vice-presidente iniciou a cerimônia fazendo agradecimentos à Faculdade de Medicina da UFRJ, ao HUCFF, que abriga as atividades da liga, à Escola de Enfermagem, aos cursos de Odontologia e Fisioterapia e aos centros acadêmicos. Ele ressaltou que a importância da liga não reside apenas no treinamento e informações técnicas passados aos seus membros, mas também na vivência adquirida pelos alunos. “São vivências de situações. O aluno precisa saber improvisar, saber tomar uma decisão quando não se tem os melhores recursos e ter vivência em como gerenciar conflitos entre as pessoas para poder atingir um determinado objetivo. Com os nossos vários eventos, nós conseguimos oferecer essa vivência aos membros e diretores da liga”, explica Bruno. Ele também chamou a atenção para o atual momento de crescimento das Ligas que estão surgindo nos últimos anos. Para o vice-presidente o apoio institucional é fundamental, pois o projeto necessita do envolvimento e comprometimento dos professores.

Como metas para o futuro, Bruno cita a melhoria da qualidade dos treinamentos, que são o foco da liga, da infra-estrutura e o aumento do envolvimento dos docentes e da comunidade universitária.

Para compor a mesa foram chamados o orientador geral da liga, professor Marcos Freire, a orientadora da área de primeiros socorros, Deyse Santoro, o idealizador da liga dr. Rodrigo Pará e por fim o presidente da Hélder Vilella. O professor Freire elogiou o trabalho da liga, que afirmou ser muito competente e de alto nível. De acordo com ele ao buscarem aprender e ter um treinamento de emergência os alunos estão contribuindo para a melhoria da Faculdade de Medicina. O professor ressalta também a importância do intercâmbio da UFRJ com o corpo de bombeiros, especialistas no atendimento de emergência, que passou aos alunos um conhecimento desse tipo de procedimento posteriormente aplicado na prática com um estágio na ambulância dos bombeiros.

O evento seguiu-se de apresentações das diretorias das áreas, começando pela acadêmica, da diretora Ana Carolina Gil, que expôs como principais metas traçadas no início do ano de 2008, a realização de congressos, atividades práticas, simulados e a atração de outros cursos pra liga (como Odontologia e Fonoaudiologia). Para o futuro, Ana Carolina destacou os planos de realização de um livro de primeiros socorros, atualização de materiais e ampliação do contato com outras instituições.

Eventos como UFRJ Mar Cabo Frio, LATE na Escola e II Curso de qualificação da liga foram apresentados pela diretora da área de infra-estrutura e logística Ana Carolina Castro. A diretora explica que esses eventos precisam de muito material didático, que de acordo com ela, representam juntamente com o coffee break os principais gastos dos eventos.

Daniele Lemos, diretora de prevenção e primeiros socorros, apresentou como principais realizações da área no último ano: aprendizado, treinamento prático e a disseminação de conhecimento para diferentes grupos da comunidade através de ações em escolas e na comunidade em geral. Como objetivos para 2009 ela destacou uma maior integração entre o sistema de ensino e a sociedade e o aumento da interdisciplinaridade.

Para expor as realizações da área de atendimento pré-hospitalar foi chamado seu diretor Bruno Pereira, que mencionou alguns objetivos comuns às outras áreas, como aprender e ensinar além dos de exercer um bom trabalho em equipe com responsabilidade e segurança. Essas metas foram alcançadas através de seminários semanais, montagem de casos clínicos e do estágio com o grupamento de socorro de emergência (GSE) dos bombeiros. Bruno destacou também como aspecto positivo no ano a participação dos alunos de enfermagem, aumentando assim a interdisciplinaridade.

A área intra-hospitalar e a de atividades práticas também foram abordadas por seus respectivos diretores, Vitor Magalhães e Diego Martins Ferreira, que detalharam suas atividades ao longo desse ano e estabeleceram metas para o próximo.

Ao fim das apresentações o idealizador da liga, Rodrigo Barros discursou e lamentou o acompanhamento distante em 2008, mas expressou o desejo de estar mais presente no futuro da liga.

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