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Edição 151
06 de novembro de 2008

Saúde e Prevenção

Hidroginástica no combate à depressão

Sidney Coutinho

Ao perceber que grande parte das inscrições nas aulas de hidroginástica eram feitas por pessoas que, orientadas por médicos, procurava combater a depressão, um grupo de cinco alunas da Escola de Educação Física e Desportos (EEFD), da UFRJ, decidiu realizar um estudo para verificar como a atividade contribui para diminuir os sintomas da doença.

Sob a orientação das professoras da Lívia Prestes Lemos da Silva e Tânia Lúcia Werner da Silva, ambas da EEFD, as estudantes atuam como monitoras de atividades aquáticas da Praia Vermelha e pretendem também aperfeiçoar a literatura existente sobre o assunto. Diversos estudos apontam que a atividade física associada ao acompanhamento médico é capaz de auxiliar na produção de serotonina, neurotransmissor ligado aos transtornos de humor.

No entanto, o trabalho das alunas aponta que não é apenas isso que contribui para mudar o quadro das pessoas com diagnóstico de depressão. Embora haja melhoria no condicionamento físico, com melhora na capacidade respiratória e de distribuição de nutrientes no organismo, os praticantes da modalidade melhoram as relações intra e interpessoais.

– Muitas vezes, aquele ganho social é muito mais importante que a parte física. Tem gente que vai para bater-papo, para a festinha que acontece depois ou organizar um passeio com o novo grupo de amigos. Tudo ajuda –, explica a professora Lívia Prestes.

Segundo a professora Tânia Werner, a pesquisa ainda está na metade, tem previsão para término em março de 2009. “Estamos na fase da anamnese (descrição da evolução dos sintomas com informações do paciente) do grupo, estamos aplicando questionários e comparando os dados com as informações que dispomos da literatura. São vários trabalhos em andamento ao mesmo tempo”, explica.

O grupo em estudo é composto na maioria por mulheres com idade acima dos 40 anos. Mas há rotatividade elevada, o que acaba comprometendo em parte a pesquisa. As atividades aquáticas acontecem diariamente, em três turnos, no campus da UFRJ na Praia Vermelha. As alunas que fazem a pesquisa são: Lígia Bruna Feitosa da Silva; Manuela da Costa da Silva Coutinho; Sarah Guimarães Félix; Talita da Silva de Assis; e, Thatiana Ramos.

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